Sessões nas Escolas

sessões nas escolas

A vertente pedagógica do evento estará uma vez mais presente e o Correntes d’Escritas irá às Escolas E.B. 2/3 e Secundárias do concelho.

“Procuro a Palavra”, verso de um poema de Luísa Dacosta, é o tema que vai reunir escritores e alunos nas Escolas E.B. 2/3 Dr. Flávio Gonçalves, Campo Aberto Beiriz, Rates, Aver-o-Mar, Cego do Maio e nas Escolas Secundárias Eça de Queirós e Rocha Peixoto e no Grande Colégio de Amorim.

Para além disso, irão realizar-se sessões com escritores, no Diana Bar, para alunos de várias escolas de concelhos limítrofes: Vila do Conde, Famalicão, Porto e Santa Maria da Feira.

Exposições

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O primeiro dia do Correntes d’Escritas também é marcado pela inauguração de duas exposições.

Resultado de um protocolo estabelecido entre o município da Póvoa de Varzim e a Fundação de Serralves, a Biblioteca Municipal irá acolher a Exposição “Poesia Experimental Portuguesa” da Colecção da Fundação de Serralves. Esta reúne e apresenta obras e edições paradigmáticas desta intervenção experimental, realizadas entre a década de 60 e a década de 80, abrangendo assim um período compreendido entre 1964, data da edição do primeiro número dos “Cadernos de Poesia Experimental”, e 1984, data da recolha dos materiais presentes em “Poemografias”, o último livro e exposição que reúnem nomes históricos do experimentalismo com alguns dos seus mais recentes continuadores. São apresentadas nesta exposição obras de Ana Hatherly, António Aragão, António Barros, Ernesto de Melo e Castro, Fernando Aguiar, Salette Tavares, os nomes mais representativos do Experimentalismo português ao longo deste período.

Nos dias de hoje, a Poesia Experimental Portuguesa é uma desconhecida de grande parte dos públicos literários e artísticos portugueses, apesar de representar um daqueles raros momentos em que, no século XX, um conjunto de criadores foi em Portugal completamente contemporâneo do seu tempo, participando assiduamente em todas as exposições e publicações internacionais mais significativas neste contexto.

Comissariado: João Fernandes

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O Museu Municipal irá receber a Exposição “Rostos e Pessoas” – obras de
Hélder J.T. de Carvalho.

O Professor de Artes Visuais traz à Póvoa de Varzim trabalhos de pintura e escultura de várias figuras do universo cultural e artístico. Estarão representadas personalidades como: José Saramago, Fernando Pessoa, Eça de Queirós, Rocha Peixoto, Miguel Torga, Vitorino Nemésio, David Mourão-Ferreira, Eduardo Lourenço, Herberto Hélder, Sophia de Mello Breyner, Natália Correia, Agustina Bessa-Luís, Manuel de Oliveira, Júlio Pomar, Siza Vieira e Guilhermina Suggia, entre outros.

Hélder José Teixeira de Carvalho nasceu em 1954, em Carrazeda de Ansiães, Trás -os – Montes. Formou-se 1978 em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes do Porto. Iniciou a sua actividade de Escultor participando, a partir daí, em diversas exposições individuais e colectivas. Entre 1978 e 2000, paralelamente à escultura, foi professor de Artes Visuais. Em 2005, conclui o Mestrado em “Art Craft and Design”, pela Universidade do Surrey Roehempton – Londres. Está representado em distintas instituições públicas e privadas e possui diversificadas obras de escultura em espaços públicos. Na nossa cidade, é autor da escultura de Rocha Peixoto, executado no âmbito das Comemorações do Centenário da morte do ilustre poveiro e colocada nos jardins da Biblioteca Municipal.

Teatro

 teatro

Apesar da abertura oficial do Correntes d’Escritas decorrer no dia 23, a 19 de Fevereiro, às 22h00, irá subir ao palco do Auditório Municipal a peça Bela Dona, Apalavrado 3 de Pedro Eiras e com encenação de Renata Portas.

Sinopse:

“Não tenho medo de entrar nessa noite onde sou vista e não vejo – mãe, dá-me a mão, mãe- onde os meus olhos cantam como sereias – a noite do corpo, e que me guiem no baile, malditas – que me raptem e acordo com o anel, e regresso aos meus olhos, meia-noite, acordo com as mãos de um fidalgo, qualquer fidalgo, rei, reis aos meus pés Tremem”

(Excerto de Bela Dona, de Pedro Eiras) 

Ficha Técnica: Autor: Pedro Eiras | Encenação: Renata Portas|  Música
Original: Joaquim Pavão | Figurinos: Tucha Martins

 Apalavrado 3

“Cada palavra, qualquer palavra, a menor de todas as palavras, qualquer uma, é alavanca do mundo. Cada palavra, qualquer palavra, a menor de todas as palavras, qualquer uma, é a alavanca do mundo”. Valère Novarina

Esta encenação, assim como a Temporada Teatral na Póvoa de Varzim, é da responsabilidade do Varazim Teatro.

Cinema

Encarado numa perspectiva cultural, o cinema também anuncia e acompanha o Correntes d’Escritas com a exibição de dois filmes.

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No dia 17, será apresentado O Filme do Desassossego, de João Botelho:

“Filme desassossegado sobre fragmentos de um livro infinito e armadilhado, de uma fulgurância quase demente mas de genial claridade. O momento solar de criação de Fernando Pessoa. A solidão absoluta e perfeita do EU, sideral e sem remédio. Deus sou eu!, também escreveu Pessoa (Bernardo Soares)”.

Jose & Pilar

No dia 24, será exibido um filme de Miguel Gonçalves Mendes que retrata a relação entre José Saramago e Pilar del Río, José e Pilar:

José e Pilar revela um Saramago desconhecido, desfaz ideias feitas e prova que génio e simplicidade são compatíveis. José e Pilar é um olhar sobre a vida de um dos grandes criadores do século XX e a demonstração de que, como diz Saramago, “tudo pode ser contado de outra maneira”.

As sessões de cinema terão lugar no Auditório Municipal, às 21h45, e são organizadas pelo Cineclube Octopus que, de resto, tem como actividade regular a exibição de cinema de qualidade na Póvoa de Varzim.

Feira do Livro

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Durante os dias do evento, de 23 a 26, a Casa da Juventude irá acolher uma Feira do Livro onde estarão disponíveis várias obras dos escritores participantes no Encontro. Esta será uma oportunidade para adquirir livros que, naquele espaço, são diariamente apresentados e podem desde logo ser autografados pelos seus autores.

Correntes d’Escritas em Lisboa

lisboa

Terminado a 26 de Fevereiro na Póvoa de Varzim, o Correntes d’Escritas ruma a Lisboa onde, no dia 1 de Março terá lugar a 10ª mesa do evento.

“Para lá deste lugar, ninguém diz as palavras” (A Inexistência de Eva, Filipa Leal, Deriva, p. 25) dará mote a uma conversa moderada por Raquel Ochoa e que irá reunir Conceição Lima, David Toscana, Inês Pedrosa, Kirmen Uribe e Uberto Stabile.