O Vice-Presidente e Vereador da Cultura da Câmara Municipal, Luís Diamantino, transmitiu que “o concelho Póvoa de Varzim tem um leque muito variado de atividades culturais, sobretudo no Verão e, em todos os tempos o Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim marcou o início da época balnear”.

Neste sentido, esclareceu que “as pessoas que nos procuram têm uma oferta diversificada de atividades culturais, entre as quais os espetáculos do Festival. Este vai já na 37ª edição e tem acostumado e fidelizado um público que nos visita sempre nos meses de julho”.

Sobre a programação, Luís Diamantino, referiu que “são espetáculos que prometem trazer muito público à Póvoa de Varzim. Aliás, isso tem-se verificado nas edições anteriores e deve-se, sobretudo, pela altíssima qualidade dos participantes”.

Em relação à cultura na Póvoa de Varzim, o Vice-Presidente reconheceu que “há dois grandes momentos culturais a nível internacional: o Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim e o Correntes d’Escritas”.

Ainda no âmbito cultural, informou que “o Cine-Teatro Garrett, até ao início do mês de maio, teve 49 mil espectadores. Um número assustador e ainda não fez um ano. Está com uma oferta muito diversificada, desde a dança, o teatro, a música, o cinema, todo o tipo de espetáculos. E é isso que faz do Cine-Teatro Garrett esta âncora que quisemos criar ao nível cultural na Póvoa de Varzim, que traz muito gente de fora. O preço da bilheteira é também muito popular e próximo do cidadão”.

Em relação ao preço dos bilhetes do Festival, o Vereador revelou que estipularam o valor de 3€ por espetáculo, “um preço simbólico, apenas para terem um lugar marcado, se não, de outro modo, também não podem entrar. Esta será uma forma de dizer às pessoas que a cultura está ao alcance de todos. É esta a mensagem que Câmara Municipal pretende passar às pessoas”. Neste sentido, espera que o público aproveite porque “vamos ter artistas de muito alta qualidade”.

Sobre o orçamento de 180 mil euros deste 37º Festival, o Vice-Presidente explicou que a realização do evento tem por base candidaturas, que têm sido por quatro anos e apoiadas pela Secretaria de Estado da Cultura. Enquanto este apoio se mantiver, Luís Diamantino garante que “o Festival terá este nível de qualidade elevado e vamos projetar a Póvoa de Varzim no lugar cimeiro que ela merece”.

Quanto ao reconhecimento como um dos melhores festivais da Europa – EFFE LABEL 2015-2016 -, Luís Diamantino considera que é “mais uma forma de reforçar a qualidade. Já não só o público a reconhecê-la mas é um júri da especialidade que o confirma. Dá-nos uma garantia acrescida”.

O Diretor do Festival, João Marques também se manifestou bastante satisfeito com esta distinção internacional que corrobora aquilo que, tanto o público como a crítica musical nacional, já denunciaram: “ao longo de 36 edições, o Festival conseguiu criar impressão de qualidade e exigência artística e também de organização”.

Sobre a programação, João Marques transmitiu que o evento dará continuidade às linhas de força criadas ao longo do seu historial, visando assegurar uma identidade reconhecida. Estarão presentes alguns dos intérpretes internacionais mais relevantes da atualidade, designadamente na área da música antiga ‘historicamente informada’: a Cappella Pratensis (música polifónica portuguesa dos séculos XVI/XVII – ‘Coimbra Connection Programme’); o Ensemble Céladon – ‘Nuits Occitaines’ (música dos trovadores), e ‘Soledad tenguo en ti’, dedicado à música renascentista portuguesa; a soprano Raquel Andueza, Gli Incogniti e Amandine Beyer (com o programa ‘Crudel tiranno Amor’ – música de Corelli e Haendel); e a Paixão Segundo S. João, de Johann Sebastian Bach, pelo Coro e Orquestra Gulbenkian dirigidos por Michel Corboz. No âmbito da música de câmara, destaque para a pianista Gabriela Montero (música de Franz Schubert e Robert Schumann e improvisações sobre temas sugeridos pelo público), e para o Artemis Quartet (música de Beethoven, Vasks e Dvorák)

O apoio aos jovens músicos portugueses e à nova música portuguesa vai corporizar-se através do Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim (8ª edição) cujo encerramento é protagonizado pelo barítono André Baleiro e João Paulo Santos (piano); do concerto pelo Quarteto Verazin (agrupamento residente do FIMPV); do recital de Ana Madalena Ribeiro e Daniel Hart, vencedores do PJM da RTP Antena 2 (2014), nas modalidades de violino e piano; e do trio formado por Raúl da Costa (piano), Bruno Monsaingeon (violino) e Aleksey Shadrin (violoncelo).

Três espetáculos muito especiais completam o mosaico programático. O concerto pela Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música sob direção do seu maestro titular, Baldur Brönnimann, e colaboração de Yury Martynov (solista em piano); a ‘Carta Branca’ dedicada ao realizador Bruno Monsaingeon; e a tragédia lírica ‘La Voix Humaine’ de Jean Coc-teau / Francis Poulenc, a cargo de Raquel Camarinha (soprano), de Yoan Héreau (piano) e do encenador Aleksi Barrière.

A 37ª edição do FIMPV vai continuar a dedicar especial atenção à formação de jovens músicos, designadamente através das atividades do Quarteto Verazin e das masterclasses de António Salgado, Miguel Rocha, Artemis Quartet e Raquel Camarinha / Yohan Héreau. Vai promover ações que contribuirão para a criação de novos públicos, a levar a efeito em estabelecimentos de ensino da região. A conferência do musicólogo Rui Vieira Nery sobre a ‘Construção da Identidade Musical Americana’ e a apresentação de documentários cinematográficos do realizador Bruno Monsaingeon sobre figuras cimeiras da música (com comentários pelo próprio cineasta) visam proporcionar ao público o necessário alargamento de horizontes culturais.

Assegurará também a preservação da memória das diversas iniciativas: registo em vídeo, publicação da brochura do FIMPV 2015 com informação detalhada, e edição impressa das partituras da obra encomendada a Vasco Mendonça e das duas obras finalistas do CICPV (8ª edição) dos compositores Cyrill Schürch (Suíça) e Jacobo Gaspar Grandal (Espanha). Servir-se-á de alguns dos recintos mais emblemáticos da região como espaços de concerto (a Igreja Românica de São Pedro de Rates e a Igreja Matriz da Póvoa de Varzim). Não faltarão as habituais Manifestações Paralelas, que visam enriquecer a programação nuclear e atrair novos públicos (concertos informais a cargo de jovens estudantes da região; exposições diversas e publicação de trabalhos escolares sobre a temática do Festival).

O FIMPV 2015 propõe a divulgação da música de 65 compositores, entre os quais 16 portugueses e diversos autores anónimos, da Idade Média à contemporaneidade. Num total de 160 intérpretes, 120 são portugueses e os restantes provêm da Alemanha, Bélgica, Brasil, Cuba, Espanha, França, Itália, Rússia, Suíça e Venezuela. Esta 37ª edição do FIMPV é organizada pela Associação Pró-Música da Póvoa de Varzim e conta com os apoios estruturantes da Direcção-Geral das Artes (Secretaria de Estado da Cultura), da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e do Turismo de Portugal, I. P., bem como de patrocínios e serviços de diversas empresas, ao abrigo de Lei do Mecenato.

Consulte o programa completo do 37º Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim. A aquisição de bilhetes poderá ser feita a partir de 1 de julho, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, na receção da Escola de Música. Poderá ainda obter informações através dos telefones 252 614 145 ou 966 250 645 e do email festivalmusica@cm-pvarzim.pt