Aires Pereira partilhou estes dois projetos no passado sábado, 20 de outubro, no Museu Municipal, aquando da apresentação do restauro do Salva-Vidas realizado pelo Mestre José Viana e do desenvolvimento dos trabalhos de construção da nova embarcação no Arsenal do Alfeite. Foi ainda apresentada a Escultura Comemorativa dos 200 anos do Cego do Maio realizada por Afonso Pinhão Ferreira.

O autarca aproveitou esta sessão para lançar o desafio ao Mestre Viana para a construção de uma embarcação semelhante à que restaurou para colocar no Porto de Pesca e ser mais uma marca turística da nossa cidade a evocar o pecador poveiro. Fez também um repto ao “escultor” Afonso Pinhão Ferreira para que a Escultura Comemorativa dos 200 anos do Cego do Maio agora apresentada ganhe nova dimensão e eternize o herói poveiro.

Neste sentido, o Presidente transmitiu que as Comemorações dos 200 anos do nascimento do Cego do Maio, iniciadas a 8 de outubro de 2017, “nunca chegam ao fim”, não só por aquilo que ainda pretende realizar mas também para manter atual o tema da “Segurança dos homens do mar”.

Sobre o restauro realizado pelo Mestre José Viana, Aires Pereira referiu tratar-se de “um barco histórico e que permite vivermos a arte naval de recuperação da embarcação com a colaboração da Marinha Portuguesa e dos Estaleiros dos Irmãos Viana que fizeram um trabalho magnífico”.

Quanto à Escultura Comemorativa dos 200 anos do Cego do Maio feita por Afonso Pinhão Ferreira, transmitiu que “o Professor Afonso teve a amabilidade e a gentileza de nos oferecer o seu trabalho nesta peça que será uma marca distintiva daquilo que representa o Cego do Maio para todos nós”.

O Presidente revelou que o novo salva-vidas Cego do Maio a ser construído no Arsenal do Alfeite virá para a Póvoa de Varzim até junho de 2019, adiantando que estão a ser feitas duas embarcações, a primeira (que vem para o nosso Porto) é a que está mais desenvolvida. Trata-se de um projeto inovador, em que a Marinha Portuguesa está a testar soluções e será do melhor que existe em Portugal retomando a tradição de batizar uma embarcação com o nome de um herói poveiro.

O Mestre José Viana explicou o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos meses, cerca de seis, na recuperação do salva-vidas Cego do Maio revelando que foi “um prazer imenso ter reparado esta embarcação”, porque lhe diz muito quer como poveiro quer como filho e neto de pescadores.

Afonso Pinhão Ferreira também explicou todo o processo de criação da sua obra de arte manifestando igualmente que lhe deu “imenso prazer fazê-lo”. A ideia surgiu da “efeméride, 200 anos do herói nacional, que também é poveiro, altamente galardoado e com um significado muito grande para a população poveira”. O Presidente da Câmara lançou-lhe o desafio e Afonso Pinhão Ferreira executou, revelando que a sua idealização e conceção levaram 8 meses.