O músico e escritor estreia-se na ficção com esta obra, um livro com nove contos e nove ruturas que alteram para sempre as personagens. 

Em rigor, Vida Dupla é uma falsa estreia porque Sérgio Godinho já fez ficção juvenil – O pequeno livro dos medos. Mas esta é a estreia em “ficção para adultos”. Mas há poucas coisas que Sérgio Godinho ainda não tenha feito. No currículo conta com guiões de cinema (“Kilas, o Mau da Fita”), peças de teatro (“Eu Tu Ele Nós Vós Eles”), poesia (O Sangue por um Fio) e crónicas (Caríssimas Quarenta Canções).

Em Vidadupla, Sérgio Godinho aborda as seguintes questões: O que esconde e o que revela um velho lençol puído sobre a intimidade de uma mulher? Como se prova a inocência quando um álibi incrimina? O que significa a morte na vida de um carrasco, e o que significa a vida no dia da sua morte? Para onde rolam as bicicletas e caminha a história das duas operárias? O que leva um homem a deixar a sua casa, noite após noite, para dormir na rua?

Vidadupla é um extraordinário mosaico – poético e operático –, em que as figuras se desdobram de pessoas comuns em fantasiosas personagens (e vice-versa), que cumprem um singular destino através do papel que lhes coube no circo da vida.

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