Os trabalhos começam na próxima segunda-feira, primeiro dia de agosto, e já contam com 38 voluntários. As inscrições ainda se encontram abertas no Museu Municipal e todos, desde alunos do ensino secundários até universitários, são bem-vindos para ajudar a preservar este espaço, que representa uma das mais importantes estações arqueológicas da Cultura Castreja do Noroeste Peninsular.

Os voluntários têm a oportunidade de contribuir para a recuperação e manutenção dos vestígios arqueológicos em consonância com o projeto de valorização da Cividade de Terroso, em continuação dos trabalhos dos anos anteriores. Em adição, podem adquirir valiosos conhecimentos práticos sobre o povoamento castrejo e manutenção de património histórico.

Dotada de uma enorme amplitude e beleza visual, a Cividade de Terroso está englobada na Rede de Castros do Noroeste Peninsular, que promove a divulgação e salvaguarda dos Castros, Cividades ou Citânias. Protegida pelo Imóvel de Interesse Público, estatuto de proteção publicado em decreto-lei em 1961, esteve ocupada entre o século IX a.C. e o século IV d.C., tratando-se portanto dum local essencial para compreender e estudar o povoamento da região.

Os primeiros trabalhos arqueológicos na Cividade remontam a 1906 e 1907, da autoria do escritor e investigador Rocha Peixoto, movido pela curiosidade que lhe citou o espaço arqueológico no Monte da Cividade, tão comentado entre os populares. Com a sua morte, as escavações em Terroso foram abandonados, só se retomando em 1980. Em 2002, no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio, a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim apresentou um projeto de conservação, valorização e proteção da área.

Esta iniciativa vai decorrer de segunda a sexta-feira, entre as 08h30 e as 12h30. No entanto, a Cividade pode ser visitada todos os dias.