A este propósito, o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira transmitiu que “este Orçamento é muito marcado por aquilo que são os nossos compromissos, nomeadamente ao nível do PEDU e dos investimentos previstos”.

Neste sentido, referiu-se a alguns dos mais importantes investimentos para o próximo ano: no que diz respeito às águas residuais são mais de 3,5 milhões de euros de financiamento para fecharmos as redes de Estela e Rates. Em relação à rede de saneamento no concelho, o edil informou que já temos uma taxa de cobertura superior a 85%. A Marina; a antiga Garagem do Linhares; o prolongamento e fecho da Avenida General Humberto Delgado com ligação para norte; o conjunto de obras que temos nas freguesias (nomeadamente, a requalificação do Cruzeiro de Terroso) com a requalificação dos espaços e a conclusão dos campos de futebol; a reabilitação do exterior do Mercado Municipal (à qual se seguirá o parque de estacionamento subterrâneo) foram alguns dos investimentos enumerados. Aires Pereira disse tratarem-se de “investimentos para todo o concelho. Há uma distribuição significativa de obras pelo concelho de modo a torná-lo cada vez mais equilibrado”.

O edil esclareceu que “o Orçamento para 2018 é de cerca de 52 milhões de euros (mais 12% do que no ano anterior), fundamentalmente por causa de questões ligadas aos financiamentos do PEDU”, acrescentando que “o valor da dívida do Município será em 31 de dezembro de 2017 de 9,5 milhões de euros e, no próximo ano atingirá os 7,5 milhões, o valor mais baixo de sempre em termos de contas do município”.

O Presidente da Câmara reiterou que iremos manter a mesma política fiscal: “cobrança de IMI 0,3 (a diferença entre o 0,3 e o 0,45 significa que deixamos de arrecadar 5 milhões de euros de receita) e para as famílias numerosas, redução do valor máximo, sendo que haverá um desagravamento na ordem dos 105 mil euros; no  IRS, mantemos a política de devolver 1%, que corresponde numa perda de receita para o município de cerca de meio milhão de euros; não cobraremos derrama, sendo que o valor estimado no concelho Póvoa de Varzim andaria à volta dos 800 mil euros”. E a propósito desta última taxa, Aires Pereira reforçou que “temos vindo a incentivar a fixação de empresas no nosso concelho”.

E no âmbito empresarial, anunciou “a possibilidade de termos um segundo Parque Industrial em Laundos. Com o abandono do aterro sanitário da Lipor, estou a propor que façamos naquele local um grande loteamento industrial e, dessa forma, poderemos ter uma oferta enorme, mais de 30 hectares de terreno disponíveis a preços de compra muito equilibrados. Esta poderá ser uma hipótese muito importante para uma oferta de terrenos para a fixação de novas indústrias potenciando o nosso acesso à A28”.

Ainda nestes terrenos, Aires Pereira informou que “no início de janeiro, vai iniciar uma obra importante, no valor de 1,7 milhões de euros, um novo Ecocentro e uma Estação de Transferência”.

O Presidente destacou ainda que “o Orçamento prevê, pela primeira vez, uma verba definida de 600 mil euros para a reabilitação do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim / Vila do Conde de forma a podermos ter espaço dentro da unidade para a instalação da TAC, para retirar tudo o que são serviço administrativos. Estas obras serão feitas no edifício ao lado onde já funciona o arquivo e as oficinas do Hospital de modo a podermos libertar a área útil da unidade para cuidados médicos, para o novo laboratório, para tudo aquilo que se relaciona diretamente com a atividade dos profissionais. Trata-se da comparticipação do Município para um projeto de reabilitação das áreas referidas”.

E sobre esta questão, Aires Pereira fez questão de deixar claro que “não será por culpa do município da Póvoa de Varzim que não se fazem as obras que têm por objetivo manter a urgência médico-cirúrgica em funcionamento, continuar a ter cuidados médicos de excelência no Centro Hospitalar Póvoa de Varzim / Vila do Conde e, também fazer com que estes 150 mil utentes, mais aqueles que nos visitam, possam contar a contar com um hospital de referência no nosso concelho e no concelho vizinho”. Para o edil, esta é uma “decisão muito importante face áquilo que são as indefinições e anúncios vazios que a ARS e o governo vêm fazendo nesta matéria”.

A propósito do Plano de Mobilidade, o Presidente transmitiu que no final de 2018, vão caducar todas as licenças emitidas às empresas que operam no espaço da Área Metropolitana do Porto (AMP), nomeadamente, na Póvoa de Varzim. Assim sendo, estamos em condições de operar um Plano de Mobilidade para o nosso concelho que se articule com a AMP e que nos permita a criação de uma rede de transportes urbanos devidamente dimensionada para a nossa realidade: uma rede amiga do ambiente, com autocarros ecologicamente sustentáveis e meios mais pequenos que possam movimentar-se nos nossos arruamentos. Para efeito, o Município vai contratar o Arquiteto Avelino Oliveira, que esteve na Comissão Executiva da Junta Metropolitana no mandato anterior e foi o responsável pelo Plano de Mobilidade da AMP. Uma pessoa muito qualificada e, no entender de Aires Pereira, a mais indicada para elaborar o Plano de Mobilidade do concelho da Póvoa de Varzim e também para a criação do concurso público do projeto que tem em vista a criação dos transportes urbanos. Isto terá que ser articulado com o Município de Vila do Conde e vai arrancar em janeiro próximo.