Sobre a obra, que cobre os períodos compreendidos entre o século
XIV até ao início do século XX, o autor considera que responde ao interesse da
população da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, em conhecer a história da primeira
localidade, e a vida e origens de parte importante das famílias de ambas, na
sua maioria ligadas à actividade piscatória. A obra trata em concreto, de
história, da emigração Galega recebida, dos naufrágios dos pescadores, dos seus
“usos, costumes e tradições”, das profissões e, principalmente da evolução da
antroponímia poveira, que já aparece espalhada pelo país e pelo mundo.

De 1976 a 2007, Óscar Fangueiro fez estudo e investigação no
campo da Cultura, nas áreas: da História (de localidades do litoral norte, da
Banca, do Dinheiro, do Papel-Moeda e da Medalhística), da Genealogia, da
Antroponímia (do litoral norte), da Etnografia e da Pesca, da Arqueologia Naval
e da Galiza). Tem feito intercâmbio cultural com outros investigadores na
Galiza e em Portugal em algumas das referidas áreas. Durante este período
resultou a publicação de 19 trabalhos, bem como artigos em três jornais, desde
a Galiza ao Rio Douro. Foi membro do Instituto Português de Heráldica, da
Sociedade Portuguesa de Antropologia e do Grupo de Arqueologia Naval do
Noroeste. Tem também interesse pela Natureza e pela Ecologia e participa em
Colóquios, Seminários e Congressos Nacionais e Internacionais.

O lançamento de Sete
séculos na vida dos poveiros
inclui-se no programa de comemorações do Dia
Nacional do Mar (16 de Novembro) promovido pela Biblioteca Municipal, que se
enquadra numa celebração de âmbito nacional, estatuída por Resolução do
Conselho de Ministros e tem na Sociedade de Geografia de Lisboa o principal
promotor da efeméride, procurando, cada ano, mobilizar os municípios
portugueses para diversas iniciativas evocativas.