Ao longo de quatro dias, de quarta, 21, a sábado, 25, dezenas de escritores reúnem-se no Cine-Teatro Garrett para interpretarem os temas sugeridos pela organização. Versos retirados das obras finalistas do Prémio Literário Casino da Póvoa que vão dar mote às Mesas.

O verso “e as insistentes palavras parecem desistir enquanto avançam”, retirado d’A Sombra do Mar, de Armando Silva Carvalho, é o tema da primeira Mesa, no dia 22 de fevereiro, às 17h30, que vai reunir Eugénio Lisboa, Hélia Correia, Ignácio de Loyola Brandão, Mário Cláudio e Valter Hugo Mãe, moderada por José Carlos de Vasconcelos.

No dia 23, quinta-feira, às 10h00, na Mesa 2, Cristina Norton, Ignacio del Valle, Karla Suarez, Teolinda Gersão e Tony Tcheka, moderados por Carlos Quiroga, serão desafiados a debater o verso “Nós só jogamos com as palavras que nos deram”, d’Outro Ulisses regressa a casa, de Luís Filipe Castro Mendes.

E retirado de Vem à quinta-feira, de Filipa Leal, “devo ter cuidado com as palavras” dará mote à Mesa 3, às 15h00, do dia 23. Alberto Barrera Tyszka, Alexandre Marques Rodrigues, Júlia Nery, Manuel Rui e Raquel Ribeiro, com moderação de Manuel Alberto Valente, vão interpretá-lo.

Às 17h30, Pedro Teixeira Neves vai moderar a Mesa 4, que junta Cláudia Piñeiro, Germano Almeida, Luís Carmelo e Rui Zink à volta do tema “se as torturarmos as palavras acabarão por confessar”, da autoria de Miguel-Manso, na obra Persianas.

No dia 24, sexta-feira, às 10h00, terá lugar a Mesa 5 com António Brito, António Mota, David Machado, Goretti Pina, Marina Perezagua e moderação de Onésimo Teotónio Almeida. “sempre tudo esteve escrito desde sempre”, retirado de Auto-retratos, de Paulo José Miranda é o mote.

Às 15h00, na Mesa 6, Gaspar Hernández, Paula de Sousa Lima, Rita Taborda Duarte, Selva Almada e Tatiana Salem Levi, moderados por Henrique Cayatte vão abordar toda a palavra será sempre um jogo por inventar.

A Mesa 7, às 17h30, vai reunir João de Melo, Miguel-Manso, Ondjaki e Sérgio Godinho para debaterem um verso de António Carlos Cortez, em Animais Feridos: “apenas a certeza de que nenhum verso salvará ninguém”. A moderação estará a cargo de Anabela Mota Ribeiro.

Às 22h00, na Mesa 8, Alexandra Lucas Coelho, Álvaro Laborinho Lúcio, Clara Ferreira Alves, Jordi Llobregat e José Manuel Fajardo, moderados por Francisco José Viegas, vão interpretar um verso de Nuno Júdice, em O fruto da gramática: “a única ciência é a realidade que as imagens inventam”.

No dia 25, sábado, às 10h00, Afonso Cruz, Carlos Morais José, Francisco Conduto de Pina, Marta Bernardes e Mbate Pedro reúnem-se na Mesa 9 com o tema de um jogo frágil de palavras se faz a literatura. A moderação será feita por João Gobern.

Retirado da obra Bisonte, de Daniel Jonas, “Porque não há nada em vez de tudo?” dá mote à Mesa 10, às 15h30, com Ana Luísa Amaral, António Carlos Cortez, Inês Pedrosa, Juán Gabriel Vásquez, Júlio de Almeida, Onésimo Teotónio Almeida e moderação de Maria Flor Pedroso.

No dia 27 de fevereiro, segunda-feira, às 18h00, vai realizar-se a 11ª Mesa do evento, no Instituto Cervantes, em Lisboa, com o tema “escrevo nomeando tudo e tudo transcende o nome que tem”, verso retirado de Persianas, de Miguel-Manso. Os autores convidados para esta iniciativa são Alberto Barrera Tyszka, Claudia Piñeiro, Jordi Llobregat, Ondjaki e Teolinda Gersão.

Quanto aos lançamentos de livros, perto de 30 obras serão apresentadas no Correntes d’Escritas.

No dia 21 de fevereiro, às 17h30, a sala de atos do Cine-Teatro Garrett irá acolher o lançamento do livro Diário das Viagens fora da minha terra, de Eugénio Lisboa, seguindo-se, pelas 18h00, a apresentação de O Kaputo Camionista e Eusébio, de Manuel Rui, e Vácuos, de Mbate Pedro.

Às 22h00, no Hotel Axis Vermar, será apresentados: Épicodrone E etc…, de José-Alberto Marques, O Inventário do Sal, de José Alberto Mar, e Textos de Amor, V.V..

No dia 22, quarta-feira, na sala de atos do Garrett, às 17h00, Ignacio del Valle, Alberto Barrera Tyszka e Karla Suárez vão apresentar Céus Negros, Pátria ou Morte e Um lugar chamado Angola, respetivamente. Às 19h30, teremos O Convidador de Pirilampos, de Ondjaki e António Jorge Gonçalves, Vaicomdeus, SARL, de Júlio de Almeida, e Yoro, de Marina Perezagua.

Na quinta-feira, 23, as sessões voltam à sala de atos, e às 12h00, Alexandre Marques Rodrigues lança Entropia, e Rui Zink, O Livro Sagrado da Factologia. Às 19h30, serão apresentados Ei-los que partem e O Cônsul, de Júlia Nery, e Sísifo, de Luís Carmelo, e às 21h15, na sala principal, teremos o lançamento da 9ª edição-reescrita de Autópsia de um mar de ruínas, de João de Melo, e Os Naufrágios de Camões, de Mário Cláudio.

No dia 24, sexta-feira, serão lançados: Animais e Animenos, de Rita Taborda Duarte e Pedro Proença, e O Segredo de Vesálio, de Jordi Llobregat, às 12h00; A Obsessão da Portugalidade, de Onésimo Teotónio Almeida, e O Paraíso, de Paula de Sousa Lima, às 19h30; e Cada vez mais forte o sino, de Miguel Marques, e A Literatura na lente de Daniel Mordzinski, às 21h30.

No último dia do evento, 25 de fevereiro, ainda serão apresentadas, na sala de atos, mais quatro obras: A Forma das Ruínas, Juan Gabriel Vásquez, e Quando a TV parava o país, João Gobern, às 12h00; A Flor Amarela, Anabela Mota Ribeiro, e Coração Mais que Perfeito, Sérgio Godinho, às 17h30.

Como aqui pôde constatar não faltam bons motivos para celebrar connosco a cultura, de 21 a 25 de fevereiro, na Póvoa de Varzim.

Acompanhe o 18º Correntes d’Escritas no portal municipal e no facebook Correntes, onde pode consultar o programa completo do evento e ficar a par de todas as novidades.