O Festival começa no dia em que se dá o Equinócio de Outono e vai apresentar um formato mais reduzido relativamente às edições anteriores, mas mantendo a qualidade a que a todos já habituou.

A abertura do É-Aqui-in-Ócio vai levar a cena a segunda parte da “Trilogia: Tragédia de Prósfygas, II. Episódio”. O espetáculo terá lugar no Cine-Teatro Garrett, de 22 a 24 de setembro, pelas 22h00. Esta produção da Varazim Teatro “debruça-se sobre a história de pessoas que sofregamente têm chegado à Europa fugindo dos horrores de um conflito que parece não ter fim.” Nesta segunda parte da trilogia de inspiração clássica, a peça acompanha cinco mulheres afetadas pelo curso da guerra que arriscam uma travessia de mar para fugir a esse flagelo. Recorde-se que a primeira parte desta trilogia, “I. Prólogo”, estreou com sucesso em março deste ano. O capítulo final, “III. Êxodo” tem estreia marcada para março de 2017.

O Garrett volta a receber teatro no domingo, dia 25, às 22h00. “Levantei-me do Chão”, pela associação sem fins lucrativos Algures, é uma produção de Carlos Marques, inspirada a partir da obra “Levantado do Chão” de José Saramago, livro “onde se diz – à laia de mito – que o autor descobriu o estilo saramaguiano de narrar.” Trata-se duma reflexão sobre a democracia e o mundo em que vivemos, através da visão dum músico da atualidade que vai contando e cantando as histórias do livro.

Às 22h00 de 26 de setembro, dia do 19º aniversário da Varazim Teatro, o Diana-Bar junta-se ao Festival Internacional de Teatro com a apresentação da obra “Que mal Fiz eu a Deus?”, do Coletivo Estupendo Inuendo. Inserido no projeto “Ando a Estudar para ser Poeta”, por Manel Rei, a obra versa sobre a “ideia de um proto-poeta enclausurado na procura de uma linguagem própria que o liberte na direção da sua construção enquanto ser sério, sábio, sensível, intelectual e iluminado.”

O É-Aqui-in-Ócio vai também incluir cinema na sua programação, através do premiado filme “O Olmo e Gaivota”. Entre a ficção e o documentário, esta obra de Petra Costa e Léa Glob é uma co-produção dinamarquesa, brasileira, portuguesa, francesa e sueca que se foca em Olivia Corsini, uma atriz do Thêatre du Soleil, em Paris (França), que se prepara para fazer de Arkadina na peça “A Gaivota”, de Tchekhov, num palco em Nova Iorque (EUA). Só que Olivia e o namorado, o colega Serge Nicolai, percebem que ela está grávida, o que complica todo o trabalho na peça. A ideia do filme é fazer uma viagem pela mente da atriz, misturando segmentos encenados com o registo documental, esbatendo as fronteiras entre a realidade e a representação. A produção executiva é do conceituado ator norte-americano Tim Robbins. O filme será exibido pelo Cineclube Octopus a 29 de setembro, às 21h45, no Garrett.

O teatro volta ao palco do Cine-Teatro no dia 30, às 22h00, com a peça “Pozzo – o Porco que dança”. Esta co-produção da associação cultural d´Orfeu AC e da companhia Cão à Chuva apresenta-nos um espetáculo cómico, interativo e estranhamente surreal com uma “alegoria do ser politizado e hieraráquico num ambiente pós-apocalíptico, onde os porcos são a principal vítima desta catástrofe. A obsessão de Pozzo em comer porcos trouxe a extinção da espécie e como consequência a fome instalou-se.”

“Eu Quero a Lua” é o título da peça de teatro infantil que será apresentada a 01 de outubro na Sala de Ensaios do Garrett. Trata-se duma história simples, de fantasia, que visa o enriquecimento do imaginário infantil. Alice é uma menina que ficou doente e que “diz só ter uma maneira de se sentir melhor…Ter a Lua. Mas talvez Alice não esteja a pedir o que toda a gente pensa. Talvez a Lua pelos olhos de uma criança possa ser até uma coisa bem fácil de se conseguir.” Esta história de sentimentos e amor apresentada pela companhia Partículas Elementares estará em cena por duas sessões, às 15h00 e às 17h00.

O Festival Internacional de Teatro finda a 01 de outubro, às 22h00, no Cine-Teatro Garrett. “Electra” é uma comédia que versa a “dança até morrer, porque com a ajuda do irmão mata a mãe, porque a mãe com a ajuda do amante mata o marido, porque o marido por não ter ventos favoráveis e sem ajuda de ninguém sacrífica a filha mais velha.” Uma produção da Companhia Chapitô, é baseada nas diferentes versões da Tragédia de Electra, uma peça teatral do dramaturgo grego Eurípides, que retrata o sacrifício de Igigênia por parte do seu pai, o general grego Agamenon, para apaziguar a deusa Ártemis.

Os bilhetes estão disponíveis no Cine-Teatro Garrett, no horário de funcionamento da bilheteira, das 10h30 às 12h30 e das 15h30 às 17h30 de segunda a sexta-feira, e a partir das 15h30 no dia do espetáculo. As entradas podem ainda ser compradas nos estabelecimentos FNAC, Worten e CTT e online em www.bol.pt.

Podem ser efetuadas reservas através do email vt@varazimteatro.org e dos telefones Varazim Teatro – 916 439 009 e 912 420 129 e Cine-Teatro Garrett – 252 090 210.

O valor das entradas é de 7,00€. Estudantes, reformados, menores de 25 anos e maiores de 65, desempregados, pessoas portadoras de deficiência e grupos de 8 pessoas têm direito a desconto e só pagam 5,00€, enquanto os associados do Varazim Teatro pagam apenas 3,50€.

A sessão de cinema do Cineclube Octopus é de entrada livre para sócios do cineclube e tem o custo de 4€ para não sócios.