Os alunos começaram por presentear os convidados com a leitura de excertos dos seus livros. E na sua intervenção Lídia Jorge começou por fazer referência à importância dos professores, dizendo aos alunos: “o facto de estarem aqui desta forma preparados, quer dizer que os vossos professores estão atentos, eles são de importância fundamental nas vossas vidas e no vosso futuro, quero prestar aqui homenagem aos professores de hoje”. Lídia Jorge considerou mesmo que “estar aqui tem alguma coisa de resplandecente”.

Rui Zink começou por dar conta da sua boa experiência com uma das suas professoras, valorizando também o papel dos docentes. Com a professora de Francês, contou Rui Zink, tinha uma relação de “subentendidos”, de partilha do gosto pelas artes, o que o ensinou que “a Literatura é o oposto da literalidade”.

Ana Margarida de Carvalho considerou que o “literalismo é um dos perigos que está um pouco a regressar, dado que as pessoas comunicam muito através das redes sociais e, às vezes, são incompreendidas quando usam de alguma ironia”. A escritora adiantou que acredita no poder da escrita e na atual geração, pois “os jovens ao comunicarem muito por escrito, mesmo sendo por SMS, o certo é que estão a escrever e ao escrever estão a expor mais de si e a serem mais verdadeiros”. Ana Margarida acredita que “será esta geração que nos vai safar da situação que estamos a viver”.