Neste concerto, o compositor e maestro Nuno Côrte-Real irá dirigir, em estreia, uma obra da sua autoria (“Lembras-te, meu amor, das tardes outonais…”, op. 47), encomendada pelo FIMPV 2014 e as duas obras vencedoras do 7º Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim: “O Elemento Ausente”, de Afonso Teles e “Não Canto para Surdos”, de Gerson Batista.

O concerto terá início às 21h45. No entanto, às 21h00, haverá um encontro informal do público com os autores das obras em estreia mundial a concretizar neste concerto. 

 

O Ensemble Darcos foi criado em 2002, na cidade de Faro, Portugal, pelo compositor e maestro Nuno Côrte-Real. Na sua formação base, clarinete, violino, viola, violoncelo e piano, conta com os conceituados músicos Filipe Quaresma, Helder Marques, Reyes Gallardo, Fausto Corneo e Gaël Rassaert. O repertório do Ensemble tem como propósito a interpretação dos grandes compositores europeus de música de câmara, como Beethoven, Brahms ou Debussy, e a música de Nuno Côrte-Real; esta relação confere-lhe contornos de projeto de autor. Em termos instrumentais, o Ensemble Darcos varia a sua formação consoante o programa que apresenta, de duos a quintetos, até à típica formação novecentista de quinze músicos. Para o efeito convida regularmente músicos de excelência oriundos de várias regiões do globo, destacando-se, entre outros, o violoncelista Mats Lidström (solista e professor na Royal Academy of London), os violinistas Giulio Plotino (concertino da orquestra do Teatro La Fenice, em Veneza), Giulio Rovighi (primeiro violino do quarteto de cordas italiano Prometeo), ou o aclamado percussionista Miquel Bernat.

Desde 2006 o Ensemble Darcos efetua uma residência artística no concelho de Torres Vedras, Portugal, tendo iniciado em 2008 a TEMPORADA DARCOS, série de concertos de música de câmara comentados pelos mais pertinentes músicos e musicólogos portugueses da atualidade. Da sua atividade concertística, destacam-se os concertos na sala Magnus em Berlim, em Outubro de 2007, na estreia, em 2008, de um vídeo de Rui Gato, Margarida Moura Guedes e Ricardo Viana, sobre a obra de Olivier Messiaen, Quarteto Para o Fim dos Tempos, e na interpretação do quinteto de cordas em Dó maior de Franz Schubert, com a participação do conceituado violoncelista sueco Mats Lidström. Em Janeiro de 2012, o Ensemble Darcos interpretou o triplo concerto para violino, violoncelo, piano e orquestra de Beethoven, na famosa igreja de St. John’s, Smith Square, em Londres, com direção musical de Nuno Côrte-Real; participou também n’Os Dias da Música 2008, no CCB, Lisboa, interpretando obras de Beethoven e Côrte-Real.

Em Janeiro de 2010, o Ensemble Darcos gravou para a Rádio Televisão Portuguesa uma série de canções de Cole Porter com os cantores Sónia Alcobaça e Rui Baeta, programa apresentado em Lyon, França, em parceria com a Camerata du Rhône. O CD VOLUPIA, primeiro trabalho discográfico do grupo e inteiramente dedicado à obra de câmara de Nuno Côrte-Real, foi lançado em Outubro de 2012, pela editora Numérica.

No dia 23, quarta-feira, será a vez do pianista Alexeï Lubimov atuar no Auditório Municipal. O concerto terá a duração de 95 minutos, com início marcado para as 21h45.

Nascido em Moscovo em 1944, Alexeï Lubimov é um dos mais impressionantes e admiráveis pianistas em atividade nos dias de hoje. O seu enorme repertório que se combina com a dedicação a princípios morais de âmbito musical fez dele uma notável exceção no âmbito da arte dos sons.

A seguir aos estudos no Conservatório de Moscovo com Heinrich Neuhaus, Lubimov cedo tributou uma dupla paixão à música barroca executada em instrumentos tradicionais e aos compositores do século 20, desde Schönberg, Stockhausen, Boulez, Ives e Ligeti, aos seus contemporâneos Sofia Gubaidulina e Arvo Pärt. Despertou a atenção pelas irresistíveis interpretações de partituras modernas (em 1968 estreou em Moscovo obras de John Cage e Terry Riley). Apresentou também pela primeira vez muitas obras do século 20 na Rússia, cujas autoridades criticaram fortemente o seu interesse pela música do Ocidente, impedindo-o de deixar o país durante vários anos. Graças a esses condicionalismos, Lubimov concentrou-se em trabalhar com instrumentos dos séculos 16 e 17, fundando o Quarteto Barroco de Moscovo e a Academia de Câmara de Moscovo, assim como o festival de música de vanguarda “Alternativa”, em 1988. Continua a apresentar música antiga e contemporânea nas suas muitas gravações, registando também o repertório clássico e romântico dos séculos 18 e 19.”

As restrições políticas foram levantadas durante a década de 1980, e Lubimov em breve alcançou a primeira linha dos pianistas internacionais, apresentando-se em digressões pela Europa, América do Norte e Japão. Fez a sua estreia nos Estados Unidos no início de 1991 como solista com Andrew Parrott e a sua Classical Band em Nova Iorque. Desde então tocou concertos para piano com a Los Angeles Philharmonic, e com as de Helsínquia, Israel, Munique e S. Petersburgo, a Royal Philharmonic de Londres, Orquestra Nacional Russa, Orchestre Philharmonie de Radio France, Deutsches Symphonieorchester Berlin, e a Toronto Symphony. Apresentou-se com os mais importantes directores musicais do mundo, incluindo Ashkenazy, Järvi, Kondrashin, Hogwood, Mackerras, Nagano, Norrington, Pletnev, Saraste, Salonen, Janovski e Tortelier. Alexei Lubimov tocou em concertos de música antiga historicamente informada com a Orchestra of the Age of Enlightenment, Wiener Akademie e o Collegium Vocale Gent. Os seus distintos parceiros cambristas são Andreas Staier, Natalia Gutman, Peter Schreier, Heinrich Schiff, Christian Tetzlaff, Gidon Krerner, Ivan Monighetti, e Wieland Kuijken.

Nas mais recentes temporadas, Alexeï Lubimov deu numerosos recitais a solo e concertos com a City of Birmingham Symphony Orchestra, a Orquestra Nacional Russa e a Tonkünstlerorchester no Musikverein de Viena. Fez uma digressão com a Haydn Sinfonietta tocando concertos de Mozart, com a Orchestra della Svizzera Italiana dirigida por Robert King (também com música de Mozart), Haydn com a Camerata Salzburg dirigida por Sir Roger Norrington em Nova Iorque, e ‘Lamentate’ de Pärt com a RSO Vienna sob direcção de Andrey Boreyko na Musikverein e com a Tampere Philharmonic dirigida por John Storgards. Interpretou Prometeus de Scriabin no Festival de Salzburgo (2010) e em Copenhaga, e tocou concertos com a Orchestra of the Age of the Enlightenment (Beethoven), Filarmónica de Munique (Silvestrov), SWR Stuttgart (Pärt), DSO Berlin (Pärt), Orquestra Sinfónica Nacional Dinamarquesa (Pärt), Anima Eterna Brugge e Orquestra Nacional Russa. Em 2010 deu recitais em Bruxelas, Utreque, Budapeste, Lille, Londres, Los Angeles e Nova Iorque, onde regressou em 2011 para concertos com a Orquestra do Festival de Budapeste sob direcção de Ivan Fischer.

As numerosas gravações de Alexei Lubimov incluem duos de piano com Andreas Staier para a Teldec, uma apreciada gravação da integral das sonatas para piano de Mozart (em fortepiano) para a Erato e uma série de invulgares registos para a ECM. As suas gravações têm sido publicadas pela Melodia, Erato, BIS, Sony, ECM e Outhere Music, com repertório de Beethoven, Schubert, Chopin e Brahms, assim como música do século 20. Desde 2003 grava regularmente para a ECM, produzindo CDs de particular relevo: Der Bote, com música de Liszt, Glinka e Carl Phillipp Emanuel Bach ao lado de John Cage e Tigran Mansurian; ‘Lamentate’ de Arvo Pärt com a Sinfónica da Rádio de Estugarda, Messe Noir com música de Stravinsky, Shostakovich, Prokofiev e Scriabin; e Misteriosos com música de Silvestrov, Ustvolskaya e Pärt. A sua última gravação para a ECM, os Prelúdios de Debussy, foi publicada em 2012.

Em 2013 gravou para a Alpha (Outhere Music) um CD dedicado às Sonatas Clair de Lune, Waldstein e Tempestade, de Beethoven.

A última gravação foi publicada em 2014, na etiqueta Zig-Zag Territoires, com a obra As Sete Palavras de Cristo de Haydn.

 

Informações:

A conferência e os espetáculos incluídos em “Manifestações Paralelas” são de entrada livre.

O preço dos bilhetes avulso para jovens até aos 25 anos e pessoas com mais de 65 é €4,00 e os bilhetes avulso normais custam €6,00.

Se pretender fazer aquisição dos mesmos em Grupo (mínimo de 4 bilhetes) tem o custo de €4,00 (cada) e a Assinatura (série de 15 bilhetes para os quinze espetáculos) de €25,00 com oferta de brochura.

Poderá adquirir os bilhetes nos seguintes locais: Serviço de Turismo da Póvoa de Varzim (desde 1 de julho, das 09h00 às 19h00, de segunda a sexta-feira; aos sábados e domingos, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00); Secretariado do Festival (desde 1 de Julho, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 (de segunda a sexta-feira), na receção ou através do telefone 252 614 145 ou segunda a domingo: 14h00 às 20h00 através do telemóvel 939 751 434 (só para reserva de bilhetes) e ainda Auditório Municipal, Cine-Teatro Garrett, Igrejas Matriz, Misericórdia e Românica de S. Pedro de Rates, no próprio dia de cada espetáculo, a partir das 20h30.

Acompanhe a 36ª edição do Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim no portal municipal.