O Vice-Presidente da Câmara Municipal, Luís Diamantino, lembrou que em 1978 o Festival surgiu porque na altura era necessário trazer turistas à Póvoa e criar atividades culturais. 38 anos depois, o evento continua a prosseguir o seu objetivo de promover a cultura, conseguindo, de um modo geral, ter as salas lotadas na maioria dos espetáculos, percorrendo espaços pelo concelho.

Luís Diamantino anunciou que a 38ª edição irá abrir, uma vez mais, com Rui Vieira Nery, o “padrinho do Festival” porque sempre apoiou o Festival de Música, nomeadamente, quando estava no Ministério da Cultura, e “temos que reconhecer, tal como já reconhecemos com a atribuição da Medalha de Cidadão Poveiro, pelo muito que fez pela cultura em Portugal e também na Póvoa de Varzim”.

O Vice-Presidente transmitiu que o Festival “enche-nos de orgulho”, acrescentando que “consegue atingir um nicho de turistas no que diz respeito à cultura e à música clássica com excelente qualidade dos seus executantes”. Reconheceu ainda que “o Festival é a ponta do iceberg de todo o trabalho que se faz ao nível da cultura musical na Póvoa de Varzim. A Câmara Municipal tem um grande investimento na área da música, na Póvoa”, exemplificando com o trabalho desenvolvido pela Escola de Música, que conta com 300 alunos; o surgimento de grupos musicais mais consolidados, anunciando que “a Escola de Música está a formar, este ano, um Coro Juvenil”.

Luís Diamantino considera que “o Festival de Música é também um espaço de criatividade através do Concurso de Composição e um espaço para jovens músicos”.

Na sua opinião, “temos que aproveitar todo este palco que é o Festival de Música para dar a conhecer o que de bom existe em Portugal e criar um público conhecedor do que está a ver e a ouvir. Isto consegue-se através da Escola de Música, com formação, criando um público exigente”.

O Vice-Presidente não pôde ainda deixar de manifestar a sua preocupação em relação à edição do próximo ano, visto estar sujeita a nova candidatura para apoio do Ministério da Cultura. Esta 38ª edição é a última do quadriénio já aprovado e era importante que o concurso abrisse em breve de modo a permitir uma programação atempada como um evento desta qualidade exige.

Sobre a programação, João Marques transmitiu que o evento dará continuidade ao seu valioso historial. O FIMPV prepara-se para apresentar solistas e agrupamentos de nível internacional, pela primeira vez na Póvoa de Varzim: La Grande Chapelle (com o programa ‘Músicos da Monarquia Católica – Espanha e Portugal no século XVII’), a 8 de julho, na Igreja Matriz; The Orlando Consort (‘The Call of the Foenix’, música vocal inglesa dos séc. XIII/XV), dia 9, na Igreja Românica de S. Pedro de Rates; o Ensemble Remix Casa da Música, a 21 de julho, no Cine-Teatro Garrett, o Quatuor Zaïde, a 28 de julho, na Igreja Românica de S. Pedro de Rates, e o Ensemble La Fenice / Choeur Arsys Bourgogne sob direção de Jean Tubéry (‘Vespro della Beata Vergine, de Monteverdi), a encerrar o Festival, a 30 de julho, na Igreja Matriz. O violoncelista Pavel Gomziakov (17 de julho – Igreja Românica de S. Pedro de Rates), a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música / Boris Berezovsky (solista em piano) sob direção do maestro Dmitri List (22 de julho – Cine-Teatro Garrett), e o Coro Gulbenkian dirigido por Michel Corboz (23 de julho – Igreja Matriz) prestam de novo a sua colaboração.

O apoio aos músicos portugueses e à nova música portuguesa corporizar-se-á através do Concurso Internacional de Composição da Póvoa de Varzim (CICPV, 9ª edição) cujo encerramento é protagonizado pelo Ensemble Remix Casa da Música; do concerto a cargo do clarinetista Carlos Alves e do Arte Music Ensemble; do Quarteto Verazin (agrupamento residente do FIMPV); e do recital pelo violetista Lourenço Macedo Sampaio, vencedor do ‘Prémio Jovens Músicos da RTP Antena 2’ (2015), na modalidade de viola de arco. O musicólogo Rui Vieira Nery abrirá a programação com uma conferência subordinada ao tema “Poder e Contrapoder na História da Música”.

A 38ª edição do FIMPV dará continuidade à formação de jovens músicos, designadamente através das atividades do Quarteto Verazin e das masterclasses de António Salgado, Miguel Rocha, Ensemble Resonet e Quatuor Zaïde. E promove ações que contribuirão para a criação de novos públicos, a levar a efeito em estabelecimentos de ensino da região.

Assegurará também a preservação da memória das diversas iniciativas: registo em vídeo, publicação da brochura do FIMPV 2016 com informação detalhada, e edição impressa das partituras da obra encomendada a Sara Carvalho e das duas obras finalistas do CICPV (9ª edição) dos jovens compositores Francisco Gázquez e Jeremías Iturra. Utilizará alguns dos recintos mais emblemáticos da região como espaços de concerto (a Igreja Românica de São Pedro de Rates e a Igreja Matriz da Póvoa de Varzim). Não faltarão as habituais Manifestações Paralelas, que visam enriquecer a programação nuclear e atrair novos públicos (concertos informais a cargo de jovens estudantes da região; exposições diversas e publicação de trabalhos escolares sobre a temática do Festival).

O FIMPV 2016 propõe a divulgação da música de 68 compositores, entre os quais 12 portugueses e diversos autores anónimos, da Idade Média à contemporaneidade. Num total de 170 intérpretes, 110 são portugueses e os restantes provêm da Espanha, França, Grã-Bretanha, Federação Russa e Suíça. Esta 38ª edição do FIMPV é organizada pela Associação Pró-Música da Póvoa de Varzim e conta com os apoios estruturantes da Direcção-Geral das Artes (Ministério da Cultura), da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e do Turismo de Portugal, I. P., bem como de patrocínios e serviços de diversas empresas, ao abrigo de Lei do Mecenato.

Consulte o programa completo do 38º Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim.

O preço dos bilhetes é de 3,00€ por espetáculo. A aquisição de bilhetes poderá ser feita a partir de 1 de julho, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, na receção da Escola de Música. Poderá ainda obter informações através dos telefones 252 614 145 ou 965 342 139.