Esta iniciativa, que começou em 2016, tem permitido que munícipes e turistas com limitações de mobilidade possam usufruir do mar e da praia de forma mais plena, através de cadeiras anfíbias e da colaboração de voluntários da Bolsa Concelhia de Voluntariado da Póvoa de Varzim.

Reconhecendo a importância do IN Póvoa, o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, fez questão de estar presente e referiu que “o Município criou as melhores condições para acolher, nem que fosse só uma pessoa”.

O edil reconheceu que em relação ao ano anterior a iniciativa tem crescido, muito devido à adesão dos voluntários a quem fez questão de agradecer a disponibilidade.

O Presidente transmitiu que o IN Póvoa é também “um projeto de formação para que os nossos jovens olhem para as diferenças como sendo algo a respeitar e que deve fazer parte da nossa formação enquanto pessoas”.

Neste sentido, afirmou que “o ser humano tem que continuar a ser o centro das nossas preocupações e, na Póvoa de Varzim, há muitos anos que valorizamos as pessoas”. A este propósito, referiu-se à consciencialização que tem vindo a ser feita, em colaboração com Os Delfins, para a segurança no mar evitando, assim, acidentes.

Assumindo que “levamos a questão da segurança muito a sério”, Aires Pereira falou sobre o programa colaborativo estabelecido entre o Município e a Associação de Nadadores Salvadores que estabelece a vigilância fora da época balnear e durante a época balnear e que tem contribuído para o crescimento desta consciência e, desde logo, para a valorização das nossas praias e da importância que tem para a economia local.

O autarca terminou agradecendo o apoio de todos os envolvidos no IN Póvoa: “não conseguimos levar o projeto até ao fim se não tivermos a colaboração e disponibilidade das pessoas que voluntariamente oferecem o seu tempo para nos ajudarem ao longo destes meses da época balnear para que o projeto aconteça”.

Aires Pereira procedeu à entrega de diplomas de agradecimento aos voluntários.

O IN Póvoa teve início em 2016 como um projeto piloto e conseguiu levar à água 23 pessoas. Dado o sucesso da iniciativa, repetiu-se este ano e, de acordo com a coordenadora do projeto, Olindina Novo, superou todas as expectativas: “os voluntários envolvidos passaram de 17 para 29 e, quanto às pessoas que usufruíram do projeto foram, no mês de julho, 20 pessoas, ou seja, em média 3 a 4 pessoas por dia foram à água. Durante o mês de agosto, uma família de Chaves com três gémeos com deficiência pôde usufruir do mar e ir água todos os dias graças ao IN Póvoa”.

A coordenadora referiu-se ainda a outros casos de famílias que escolheram a Póvoa como destino de férias por saberem da existência das cadeiras anfíbias que permitem usufruir da praia em pleno e inclusive ir ao mar.

Olindina Novo terminou desejando que “a Câmara Municipal tivesse condições para criar um ponto acessível com todas as infraestruturas adequadas para o IN Póvoa poder fazer mais e melhor”.

O Comandante Marques Coelho, enquanto responsável pela Autoridade Marítima, revelou que colaborou com o projeto, ajudando a criar as condições necessárias.