O atual eurodeputado pelo Movimento Partido da Terra veio falar sobre o “Estado de Direito, Justiça e Cidadania” e realçou a importância de credibilizar a atividade política: “É precisar afastar as zonas do Estado e das instituições democráticas que estão gangrenadas, rapidamente. O povo português tem que fazer escolhas que punam as pessoas e os partidos que são responsáveis disso.

Estamos há quase 40 anos numa espécie de maldição. O país está cada vez pior.

É preciso que todos possamos pensar sobre esta situação e cada um de nós se interpele sobre a sua parte de responsabilidade na situação a que o país chegou porque isto não é uma maldição dos deuses. Isto é fruto de erros, de enganos, de traições, de comportamentos desviantes de pessoas”.

E a este propósito, o antigo Bastonário da Ordem dos Advogados referiu quem entra na política sem nada e sai com fortunas: ”vemos pessoas que entraram na política com uma mão à frente e outra à atrás e hoje têm fortunas fabulosas, sempre no exercício de funções públicas. Vemos pessoas que entraram na política como empregados bancários e saem banqueiros, vemos pessoas que entraram na política como operários e saem como empresários, com ações em muitas empresas. Portanto, a utilização da política em benefício próprio ou em benefício dos familiares levou à descritibilidade das próprias instituições políticas e das próprias instituições democráticas.

O esforço que tenho procurado fazer é recredibilizar as instituições democráticas, conferir à política o sentido nobre que está na sua origem. A atividade política é, por definição, a solução dos problemas comuns, de todos”.

Marinho e Pinto definiu de injuriosas as regalias que os políticos nacionais usufruem: “a frota de automóveis ao serviço dos agentes políticos é escandalosa. Países infinitamente mais ricos do que nós não têm essas mordomias. A dignidade de um cargo público afere-se pela cilindrada do automóvel que é distribuído ao seu titular, pelo plafond do cartão de crédito que lhe é atribuído, pelo valor do telemóvel, pelo número de motoristas, enfim, isto é, pelas mordomias que lhe são atribuídas.

A política não é isso, não pode ser isso. A política tem que ter alguma sobriedade e, sobretudo, alguma frugalidade.

Algo está podre no reino de Portugal e é preciso combater esse foco de podridão” advertiu.

José Manuel Almeida, Presidente do Clube de Caçadores da Estela, explicou que “o objetivo de trazer Marinho Pinto à Estela é, acima de tudo, tentarmos, na nossa sede, e perante todos os nossos associados e pessoas que vêm assistir, trazer vozes diferentes”.

Pretende “apostar na pluralidade de ideias, com pessoas de quadrantes diferentes e, acima de tudo, pessoas que digam qualquer coisa à sociedade. Marinho Pinto é exatamente uma dessas pessoas: um inconformista, alguém que tem uma voz que há muita gente que a gosta de ouvir. Há muita gente que o segue, até pela sua carreira política”.

O Presidente do Clube de Caçadores reconheceu que “o interesse por Marinho Pinto é notório não só entre os estelenses mas também na gente de todo o concelho da Póvoa de Varzim”.