Tal como aconteceu em todas as outras, o Presidente da União de Freguesias Aguçadoura e Navais, Fernando Rosa, acompanhado de José Alberto, conduziu o Presidente da Câmara por diversos locais da freguesia, antes do encontro com a população na sede da Junta.

O Vice-Presidente, Luís Diamantino, e as Vereadoras Andrea Silva e Lucinda Delgado também acompanharam Aires Pereira nesta visita.

Depois de se deslocarem a alguns arruamentos que pretendem ver alargados e requalificados, estiveram nas Sedes de duas associações da freguesia com mais de 30 anos de existência: do Centro Desportivo e Cultural de Navais e do Grupo Folclórico de Cantares e Danças Os Camponeses de Navais.

Os Presidentes de ambas as associações anseiam por terem um espaço mais digno e com melhores condições que sirva para terem as suas coisas e desenvolverem a sua atividade. O edifício da antiga Escola Primária que já não serve esse fim foi local que sugeriram ocupar.

Aires Pereira manifestou-se “desgostoso” com o que viu e assumiu que “temos a responsabilidade de criar melhores condições”, garantindo que “antes do próximo inverno, terão condições dignas”.

O Centro Desportivo e Cultural de Navais aspira também à criação de novas infraestruturas no Parque Desportivo como uma bancada, uma pista de atletismo e reforço da iluminação. Também neste aspeto, o Presidente da Câmara mostrou-se disponível para apoiar a Junta e a associação.

Na sessão com a população, Fernando Rosa referiu-se de forma positiva à união imposta entre as freguesias de Aguçadoura e Navais: “as pessoas colaboraram e estiveram todas muito cordiais, passando a haver um melhor relacionamento entre a população das duas freguesias”.

A questão mais preocupante de Navais prende-se com o facto da população mais jovem da freguesia a abandonar devido à dificuldade em construir a sua habitação.

A este propósito, Aires Pereira constatou que, de facto, “esta é a freguesia que tem reduzido mais o número de habitantes por esse motivo”, esclarecendo que os proprietários das parcelas maiores e próximas de infraestruturas que estão dotadas de capacidade construtiva, de acordo com o PDM, não as disponibilizam para o efeito.

Assim sendo, “o Município terá que inverter esta situação”, assumiu o edil, alertando os proprietários para a alteração da lei: “ao fim de cada cinco anos, a Câmara Municipal pode propor retirar aptidão construtiva a um terreno e dotar outro”. Este será um dos instrumentos a que o Município poderá recorrer para resolver esta dificuldade em fixar os jovens em Navais. Outro poderá passar por ser a Câmara a promover o loteamento, indicou Aires Pereira, transmitindo que “Navais é a freguesia que mostra mais preocupação nesta matéria”.

Para dois locais da freguesia (Rua dos Moinhos e na zona do Parque Desportivo), a população solicitou a colocação de lombas como medida de prevenção e redução de velocidade.

Uma vez mais, o Presidente teve oportunidade de manifestar que a segurança das pessoas é a sua maior preocupação e considera que as lombas são a única forma eficaz de reduzir a velocidade e também, no caso das passadeiras elevadas na cidade, facilitar a deslocação de pessoas com mobilidade reduzida. Com certeza, irá aceder a este pedido registando com satisfação a noção do perigo da velocidade que as pessoas têm e querem controlar.

A representante dos pais da Escola de Navais foi porta-voz de algumas situações que pretendem ver melhoradas na escola e logo contou com a inteira disponibilidade do Vice-Presidente e Vereador da Educação para as resolver e que também deu conhecimento da colocação de uma nova sala na escola, um investimento do Município no montante de 80 mil euros.

Outro assunto recorrente em quase todas as freguesias prende-se com o facto de a fatura da água refletir o valor da recolha de lixo, que pesa substancialmente no total dessa fatura, e desagrada os consumidores.

Sobre esta matéria, Aires Pereira explicou que a partir de 2018, o Município vai implementar um sistema mais justo. Com esse novo sistema de recolha, o munícipe irá pagar pela quantidade exata de lixo que produz, em vez da taxa indexada à fatura da água.

Este sistema denomina-se PAYT (Pay as you throw) – qualquer coisa como “pague à medida que deita o lixo fora” – e, basicamente, quanto mais lixo um habitante produzir, mais paga. Em cada habitação serão entregues quatro contentores (para o lixo indiferenciado, o plástico, o vidro e o papel), equipados com sistemas que permitem pesar a quantidade de resíduos depositados e identificar o utilizador, através de um cartão.

Em jeito de balanço do roteiro pelas 11 freguesias do concelho da Póvoa de Varzim que hoje chegou ao fim, Aires Pereira transmitiu que foi “uma forma de nos aproximarmos ainda mais das pessoas, sentirmos e ouvirmos aquilo que são as suas preocupações e dificuldades uma vez que é sempre importante ouvir as populações locais uma vez que são, sem sombra de dúvida, aqueles que têm uma visão muito mais aproximada daquilo que é necessário ser feito”.

O Presidente revelou que “neste processo criou-se uma grande empatia e as pessoas tiveram oportunidade de nos dizerem aquilo que é preciso continuar a trabalhar”, acrescentando que “foi um conjunto de jornadas muito interessante porque permitiu também a toda a equipa ter um contacto mais próximo com os locais e com o que as Juntas de Freguesia estão a realizar em cada uma das freguesias”.

O principal objetivo é, segundo o edil, “tornar o concelho da Póvoa de Varzim cada vez mais homogéneo e equilibrado, onde as oportunidades de vida são iguais em todo o concelho”.