Os dados foram publicados na edição do passado domingo, 17 de setembro, do jornal “O Público”, e referem que entre os 17 municípios da AMP, o nosso é o último da tabela dos que mais jovens perderam.

Em 2011, 39.518 jovens adultos viviam no concelho do Porto. Em 2016, esse número desceu para 29.846. São, aproximadamente, menos dez mil habitantes entre os 20 e os 34 anos. Esta redução, que responde a menos 25%, foi a maior de toda a Área Metropolitana do Porto (AMP). À cidade Invicta seguiram-se a Maia e Espinho, ambas com uma redução de 16%. A Póvoa de Varzim foi a que menos jovens adultos perdeu (uma redução 10%).

Quanto ao envelhecimento, o Porto também é, dentro do universo da sua área metropolitana, o concelho com maior taxa de envelhecimento. Para cada 100 pessoas entre os 0 e os 14 anos existem 222 com mais de 65. Esta tendência tem vindo a agravar-se em todos os municípios da AMP. O custo das rendas também pode ajudar a explicar o fenómeno no Porto.

Neste sentido, e com base nos dados apresentados, podemos considerar que o nosso concelho dispõe das melhores condições para a fixação dos jovens, nomeadamente, no que se refere às rendas e outras despesas associadas.

A este propósito, veja-se algumas medidas implementadas pelo Município poveiro: no apoio à formação, nos setores em que a mesma é da responsabilidade municipal, ou seja, no pré-escolar e no 1º e no 2º ciclo, nomeadamente no transporte e na alimentação dos alunos e nas AEC’s que custam ao município, este ano, 1.111.600,00€, e na qualificação dos edifícios escolares. Ainda nesta área, veja-se o contributo do município para a criação de oferta formativa de nível superior adequada à economia da região (ESEIG); no apoio às famílias e às empresas favorecendo as famílias de menores recursos (com apoios sociais diversos: à renda, aos medicamentos, à alimentação…). Temos, no orçamento do município, dotações que atingem 132.590€, através do Fundo Local de Emergência Social. E com a Tarifa Social da Água, que abrange 568 famílias, o município prescinde de 87.600€ por ano.

Além disso, o Município pratica a política fiscal mais amiga das famílias e das empresas – o IMI e o IRS nos escalões mais baixos, inexistência de Derrama (somos, na região, o único município que não cobra este imposto sobre o IRC).