A Capital Jovem da Segurança Rodoviária é uma iniciativa nacional que visa desenvolver um programa de atividades sobre segurança rodoviária, vocacionado sobretudo para o público infantojuvenil. Envolve vários parceiros numa cidade que se assume como “Capital Jovem da Segurança Rodoviária”, ao longo de um ano. Saiba mais em http://capitaljovemsegurancarodoviaria.pt.

Depois da 1ª edição em Coimbra em 2013, Braga em 2014, Aveiro em 2015, Leiria em 2016, cinco cidades da Área Metropolitana do Porto (Gaia, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim) são a Capital Jovem da Segurança Rodoviária, em 2017.

O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, parceira da iniciativa, esteve presente na cerimónia e assinou a Carta de Intenção na qual declarou o seu acordo em cooperar nas diversas ações a serem levadas a cabo.

Aires Pereira transmitiu que “a sinistralidade rodoviária, embora tenha vindo a diminuir, de forma sustentada, ao longo dos anos, é ainda muito alta. O país está, sem se dar conta, numa autêntica guerra.

A condução automóvel ceifa, anualmente, mais vidas que a guerra colonial. O custo de um acidente, mortal ou não, é muito alto: não falo só da vida que se perde, ou se maltrata; falo também dos danos materiais e dos custos administrativos para apuramento das responsabilidades”.

O edil constatou que “a sinistralidade rodoviária envolvendo jovens é particularmente elevada. E isto, sobretudo aos fins-de-semana, e particularmente nas imediações aos grandes centros de diversão noturna”.

O autarca reconheceu que “na Póvoa de Varzim conhecemos bem este fenómeno, que felizmente tem diminuído substancialmente, sobretudo por duas razões: por efeito da sensibilização que tem sido feita, incitando à moderação no consumo de álcool e da dissuasão que a presença das autoridades, na via pública, incute nos condutores”.

Aires Pereira alertou para o facto de termos “um novo fator de risco na sinistralidade, sobretudo, mas não só, em meio urbano: a alienação por efeito de telemóvel, que se revela no descuido com que jovens, falando ao telemóvel, ou seja, desligados de tudo o mais, caminham pelas ruas e, sobretudo, atravessam as ruas.

Um estudo recente diz-nos que são 15% do total, e que este fenómeno não é exclusivamente português, mas está cá e temos de cuidar dele”.

A este propósito, o edil revelou que “uma das formas de garantir a segurança de quem atravessa as ruas, protegendo os peões do risco de serem atropelados, é a construção de passadeiras alargadas e ao nível do passeio.

Temos assim conseguido forçar a diminuição da velocidade da circulação automóvel e garantido que o peão atravesse a rua em segurança”.

O Presidente poveiro considera que “o melhor instrumento para a diminuição da sinistralidade é, sem dúvida, a sensibilização, ou seja, a consciencialização do condutor.

Há anos, dizíamos que a principal culpa da nossa elevada sinistralidade eram as más estradas – hoje, temos a 4ª melhor rede de estradas do mundo e a sinistralidade continua alta. Depois dissemos que ela se devia à velhice do nosso parque automóvel, que entretanto se renovou muito. Ou seja: a verdadeira causa está no condutor.

E para isso toda a sensibilização é bem-vinda.

A experiência demonstra que o ensino da condução, porque já no início da idade adulta, é insuficiente; há que começar mais cedo, no início da escolarização, a incutir a noção do respeito pelos outros e pelo valor sagrado da vida humana.

Podem contar connosco, na Póvoa de Varzim, para esta luta”.