Aires Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, e Dom Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga, descerraram, juntamente com o pároco da freguesia, Padre Delfim Pinto Coelho, a placa inaugural.

O Presidente da autarquia poveira explicou que “um dia de inverno houve aqui um acidente provocado por um raio e a Igreja ficou muito danificada. No entanto, também já precisava de obras, pois tinha um estado de conservação já pouco recomendável”.

Neste sentido, “reuniu-se toda a comunidade, desde a própria Câmara, à sociedade civil, mesmo de outras paróquias, e ao fim de cinco anos conseguiu-se fazer um restauro completo da Igreja para além das intervenções que fizemos no exterior de iluminação e reposição dos pavimentos”, esclareceu o edil.

Aires Pereira transmitiu que “temos a postura de que este tipo de edifícios monumentais faz parte da estratégia do concelho sob ponto de vista da aposta no turismo religioso e, portanto, também contribuímos e desta forma foi possível pôr de pé esta magnífica obra e restituir o brilho que já teve em tempos a Igreja de Beiriz”.

O Presidente referiu ainda que “foi uma obra que atingiu mais de meio milhão de euros de investimento e também muito demorada porque tem um rigor histórico que é preciso respeitar. O Sr. Padre Delfim também conseguiu reunir uma equipa técnica muito significativa à volta dele”, acrescentou, revelando que “a Câmara teve uma comparticipação de 125 mil euros, para além das intervenções que fizemos à volta da Igreja nos pavimentos e na recuperação do espaço público”.

Aires Pereira concluiu constatando que “a igreja está muito bonita. É um belíssimo monumento. A Póvoa de Varzim tem, felizmente, um conjunto de edifícios ligados à Igreja que são, sem sombra de dúvida, referências. Estão todos muito bem conservados. Tem havido um espirito de colaboração muito grande entre a Igreja e a própria autarquia considerando que são edifícios que também fazem parte de todo o movimento do turismo religioso e portanto temos todos a obrigação de contribuir”.

O Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, reconheceu que “o nosso povo está sempre unido, nos bons e maus momentos. Normalmente, as comunidades paroquiais respondem com muita generosidade. Quando é necessário fazer obras, as pessoas inventam iniciativas”.

E no caso concreto da Paróquia de Beiriz, louvou o trabalho que foi feito, dignificando a Casa de Deus, o arrojo e a coragem para a sua reestruturação. Deixou uma palavra de incentivo para que todos os paroquianos continuem a sua fé, agora com uma igreja renovada e para que, de agora em diante, todos sentissem a beleza que fizeram e tenham uma atitude nova e que dignifique o património.

O Padre Delfim Pinto Coelho explicou que “a grande fatia para as obras veio da ajuda da população com donativos, cortejos entre a comunidade, leilões nas catequeses e nos escuteiros e convívios de emigrantes. Contamos ainda com o apoio da Diocese de Braga e Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, que estiveram ao nosso lado desde a primeira hora, com a Proteção Civil, e Junta de Freguesia, num valor que ainda estamos a apurar a totalidade mas que ronda os 720 mil euros”.

O Pároco assumiu que “com isto, sem dúvida que o rosto da nossa igreja mudou 100 por cento. A beleza que já teve no passado, que foi sendo encoberta com poeiras, foi agora recuperada e corrigiram-se algumas coisas que estavam menos bem. A população deve estar satisfeita e todos devemos estar muito felizes”.

O Padre Delfim Pinto Coelho confessou ainda que  “esta foi a obra da minha vida. Foi a maior obra que executei nestes 33 anos de sacerdote. Tenho feito obras de raiz, mas, em dimensão, esta foi a maior. A queda do raio apenas veio acelerar a obra que já era precisa”. 

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