Em véspera de feriado e com sala cheia, Homens imprudentemente poéticos foi dado a conhecer ao público poveiro por Carlos Quiroga. O escritor espanhol e um habitué nas Correntes d’Escritas falou sobre o livro e sobre o seu amigo, Valter Hugo Mãe.

Três anos depois de A Desumanização, obra aclamada por leitores e críticos de vários países, e numa altura em que assinala 20 anos de percurso literário, Valter Hugo Mãe regressa com Homens imprudentemente poéticos, um novo e magistral romance que a Porto Editora fez chegar às livrarias no início do mês de outubro.

Ao sétimo romance, motivado pela tradição japonesa da honra e da espiritualidade, Valter Hugo Mãe apresenta uma visão deslumbrante do mais inspirador Oriente procurando auscultar o Japão para entender a beleza dos seus modos – a profundidade da cultura e da sua prudência poética.

Num Japão antigo o artesão Itaro e o oleiro Saburo vivem uma vizinhança inimiga que, em avanços e recuos, lhes muda as prioridades e, sobretudo, a capacidade de se manterem boa gente. A inimizade, contudo, é coisa pequena diante da miséria comum e do destino. Conscientes da exuberância da natureza e da falha da sorte, o homem que faz leques e o homem que faz taças medem a sensatez e, sobretudo, os modos incondicionais de amarem suas distintas mulheres.