Perto de 80 pessoas, assistiram ao longo do dia, às interessantes conferências levadas a cabo por um painel de convidados, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Na cerimónia de abertura, Luís Diamantino, Vice-Presidente e Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal, deu as boas vindas “aos conferencistas, historiadores da História Local, interessados e ouvintes em geral, cuja colaboração e presença, em nome do Município, desde já, agradeço”.

Os agradecimentos foram também para os organizadores da iniciativa, Arquivo e Museu Municipal, “pelo empenho colocado na organização deste congresso que traz à Póvoa de Varzim um apreciável naipe de académicos e investigadores com os quais viajaremos, em segurança, até à época histórica aqui em análise, situando-a nos contextos nacional e local.”

Para o Vice-Presidente, “num Mundo global, numa Europa dividida, que, no entanto, se diz unida, e num Portugal sempre centralista, torna-se necessário um novo foral, um foral que, de uma forma atualizada, derrube cidadelas e algumas torres que ainda existem em Portugal, na Europa, e também em cada um de nós, um foral que aprofunde as diferenças que fazem de nós, isto sim, um povo único”.

Paula Pinto Costa foi a primeira conferencista e, na impossibilidade de estar presente, José Augusto Sottomayor-Pizarro enviou a sua comunicação, que foi lida aos presentes. Amélia Polónia, José Marques, Maria Cristina Cunha e Lúcia Rosas também deram o seu contributo para que as pessoas compreendam melhor a época.

No Arquivo Municipal, também decorreu um workshop para estudantes do 12º ano de escolaridade por Maria João Oliveira e Silva, e uma Sessão Filatélica de aposição do carimbo comemorativo, selo personalizado e postal ilustrado dos 500 anos do foral manuelino. Até ao final do mês, está patente uma exposição temática dos 500 Anos do Foral Manuelino.

À noite, o Museu abriu as suas portas, para acolher marinheiros, navegantes, ricos mercadores e suas esposas, pobres peregrinos, soldados calejados pelas campanhas do Norte de África, piratas, escravos, odaliscas, índios e embaixadores orientais. Todos se reuniram à mesa para uma ceia presidida pelo Rei D. Manuel (Luís Diamantino), acompanhado de académicos e investigadores, e que contou com a presença de uma centena de pessoas.

O Museu encheu-se dos exóticos sabores e aromas dos novos frutos e das especiarias trazidas de todo o mundo revelado pelos Descobrimentos portugueses. O fumo inebriante do café acabado de fazer ou a doce fragrância do chocolate, acompanharam outros exotismos, num jantar servido no pátio coberto do Museu.

Ao som de música e da poesia da época, com danças e muita diversão, mais uma vez, o Museu recriou o passado, lembrando a época áurea da expansão marítima em que poveiros ilustres ou meros homens do mar levaram o nome de Portugal às mais distantes partidas do mundo.

Veja algumas imagens das diferentes iniciativas que assinalaram os 500 anos do foral manuelino.