Moacyr Scliar

Moacyr Scliar (Porto Alegre, 1937) é autor de 80 livros em vários gêneros:  romance, conto, ensaio, crônica, ficção infanto-juvenil. Obras suas foram publicadas nos Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha, Portugal, Inglaterra, Itália, Rússia, Tchecoslováquia, Suécia, Noruega, Polônia, Bulgária, Japão, Argentina, Colômbia, Venezuela, Uruguai, Canadá e outros países, com grande repercussão crítica.

É detentor dos seguintes prêmios, entre outros: Prêmio Academia Mineira de Letras (1968), Prêmio Joaquim Manoel de Macedo (Governo do Estado do Rio, 1974), Prêmio Cidade de Porto Alegre (1976), Prêmio Brasília (1977), Prêmio Guimarães Rosa (Governo do Estado de Minas Gerais, 1977), Prêmio Jabuti (1988, 1993, 2000 e 2007), Prêmio Casa de las Americas (1989), Prêmio Pen Club do Brasil (1990), Prêmio Açorianos (Prefeitura de Porto Alegre, 1997 e 2002), Prêmio José Lins do Rego (Academia Brasileira de Letras, 1998), Prêmio Mário Quintana (1999).

Foi professor visitante na Brown University (Department of Portuguese and Brazilian Studies), e na Universidade do Texas (Austin) nos Estados Unidos. Freqüentemente é convidado para conferências e encontros de literatura no país e no exterior.

É colunista dos jornais Zero Hora (Porto Alegre), Folha de São Paulo e Correio Brasiliense; colabora com vários órgãos da imprensa no país e no exterior. Tem textos adaptados para o cinema, teatro, tevê e rádio, inclusive no exterior. É médico, especialista em Saúde Pública e Doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública. Ocupa a cadeira 31 da Academia Brasileira de Letras.

Duas influência são importantes na obra de Scliar. Uma é a sua condição de filho de imigrantes. A outra influência é a sua formação de médico de saúde pública, que lhe oportunizou uma vivência com a doença, o sofrimento e a morte, bem como uma conhecimento da realidade brasileira. O que é perceptível em obras ficcionais, como A Majestade do Xingu e não-ficcionais, como A Paixão Transformada: História da Medicina na Literatura.

Scliar dedica especial atenção à literatura infanto-juvenil, na qual tem várias obras publicadas, a maioria classificada como “Altamente Recomendável” pela Biblioteca Nacional. “Escrevendo para os jovens eu reencontro o jovem leitor que fui”, afirma.

Bibliografia em Português

O Centauro no Jardim (romance), Lisboa, Caminho, 1986

A Orelha de Van Gogh (contos), Lisboa, Pergaminho, 1994

Os Leopardos de Kafka, Porto, ASA, 2000

A Majestade do Xingu, Lisboa, Caminho, 2001

O Exército de um Homem Só, Lisboa, Caminho, 2002