Celebramos 15 anos em 2014. Estamos a preparar a 15ª Edição, que se realizará entre 20 e 22 de fevereiro.

Em 15 anos criámos expectativas, abrimos espaços de diálogo, incentivámos à leitura, promovemos os livros e a literatura, formámos leitores.

Auditório Municipal


Os números do Correntes d’Escritas – quase a fazer 15 anos

Em 2000, estiveram presentes 23 autores convidados, realizaram-se 5 mesas e 7 sessões em escolas e colégios.

Em 2010, realizaram-se 10 mesas + 2 em Lisboa, participaram 130 autores convidados, organizaram-se 25 sessões em escolas e colégios.

Em 2000, cerca de 60 – 70 pessoas assistiam a cada sessão.

Em 2010, mais de 350 pessoas, sentadas no chão e nas escadas, ultrapassando largamente a lotação do Auditório, assistiram a cada mesa.

Em quase 15 anos:

Mais de 800 participações de escritores. Para além de editores, críticos, agentes literários, jornalistas, professores e, claro está, leitores. Muitos.

Mais de 50 000 leitores passaram pelas várias ações que constituem o Programa do Correntes: conferências, mesas redondas, lançamentos de livros, sessões de poesia, teatro, cinema, encontros de escritores com estudantes.

Realizaram-se 123 mesas redondas e 145 sessões com jovens estudantes.

Lançaram-se 291 novos livros e fizeram-se 37 sessões de poesia.

Organizaram-se 17 exposições e 10 catálogos.

Apresentaram-se 18 espetáculos de Teatro e 40 sessões de cinema/documentários/vídeo.

Foram criados 4 Prémios Literários:

1 – Prémio Literário Casino da Póvoa para prosa (anos pares) e poesia (anos ímpares) – 20 000,00 euros – criado em 2003. Foram atribuídos 10 prémios: O Vento Assobiando nas Gruas, de Lídia Jorge (2004), Duende, de António Franco Alexandre (2005), A Sombra do Vento, de Carlos Ruíz Zafón (2006), A Génese do Amor, de Ana Luísa Amaral (2007), desmedida, luanda – s. paulo – s. francisco e volta, de Ruy Duarte de Carvalho (2008) e A Moeda do Tempo, de Gastão Cruz (2009); Myra, de Maria velho da Costa (2010); O Livro do Sapateiro, de Pedro Tamen (2011); Bufo e Spallanzani, de Rubem Fonseca (2012); A Terceira Miséria, de Hélia Correia (2013)

lidia jorge premio_analamaral vencedor premio
Lídia Jorge Ana Luísa Amaral Ruy Duarte de Carvalho
gastão cruz_rui sousa Pedro Tamen Rubem Fonseca
Gastão Cruz Pedro Tamen Rubem Fonseca
Hélia Correia
Hélia Correia


O Prémio Literário Casino da Póvoa é o único Prémio de cariz internacional, que, em Portugal, ultrapassa as fronteiras da Língua Portuguesa.

Para a atribuição de 2014, o Júri está a ler as mais de 180 obras recebidas

2 – Prémio Literário Correntes d’Escritas Papelaria Locus (conto – anos pares – e poesia – anos ímpares –, para jovens entre os 15 e os 18 jovens) – 1000,00 euros, criado em 2004. Foram atribuídos 9 prémios.

entrega de prémio premio_mickaelima vencedor papelaria locus
Sara Costa Nuno Atalaia Maria Beatriz Soares
Vanessa Bessa_jcg Miguel Rocha Pinho Tomás Barão
Vanessa Bessa Miguel Rocha de Pinho Tomás Anjos Barão
Ana Matilde Gomes
Ana Matilde Gomes


3 – Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d’Escritas Porto Editora, criado em 2009, para alunos do 4º ano do ensino básico do 1º ciclo. 1000,00 euros em material escolar para 1º Classificado; 500,00 para o 2º e 250,00 para o 3º.

Prémio conto infantil Porto Editora 2010 Prémio conto infantil Porto Editora 2011 Prémio conto infantil Porto Editora 2012
2010 2011 2012
Prémio conto infantil Porto Editora 2013
2013


4 – Prémio Literário Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d’Escritas (1000,00 euros para o vencedor e publicação do livro), criado em 2010, para trabalhos – romance, contos ou poesia – cuja temática seja a Póvoa de Varzim.

Ana Paula Mateus_premio fund. Luís Rainha 2011 Paulo Jorge Carreia_prémio fund. Luís Rainha 2013
Ana Paula Mateus Paulo Jorge Carreira


Foram publicadas 12 edições da Revista de Cultura Literária Correntes d’Escritas, constituída por três partes fundamentais, uma com contos inéditos de vários escritores presentes nas edições do evento, outra dedicada à poesia e outra ainda dedicada a escritores em particular. Sebastião Alba, Sophia de Mello Breyner Andresen, Alexandre Pinheiro Torres, Herberto Hélder, Mário de Cesariny, Lídia Jorge, Eduardo Prado Coelho, Agustina Bessa-Luís, Luísa Dacosta, Eduardo Lourenço e Urbano Tavares Rodrigues foram os homenageados até ao momento. A edição de 2009 foi inteiramente dedicada ao 10º. Aniversário do Encontro de Escritores de Expressão Ibérica Correntes d’ Escritas. Em 2014 a escritora/poetisa Maria Teresa Horta será a grande distinguida.

Foram realizadas 10 conferências de Abertura – a partir de 2004 – com a presença de Eduardo Lourenço (O Lugar da Literatura no Século XXI), Agustina Bessa-Luís (Relação com a Póvoa de Varzim), Eduardo Prado Coelho (Alguém move o Mar), Nélida Piñon (A Memória Secreta da Mulher), Marcelo Rebelo de Sousa (A Importância dos Livros), José António Pinto Ribeiro (Participação dos cidadãos na valorização da Língua e da Escrita), Isabel Alçada (Leitura, Escrita e Educação), Álvaro Laborinho Lúcio (Prefácio), Dom Manuel Clemente (A corrente descrita ou (Portugal e os portugueses em 2008 e depois)), João Lobo Antunes (Não fazem mal as musas…).

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agustina eduardo_pcoelho

Eduardo Lourenço

Agustina Bessa-Luís Eduardo Prado Coelho
Nélida Piñon
Marcelo Rebelo de Sousa Ministro Cultura_rui sousa
Nélida Piñon Marcelo Rebelo de Sousa José António Pinto Ribeiro
Isabel Alçada_2010 Álvaro Laborinho Lúcio_2011 Dom Manuel Clemente_2012
Isabel Alçada Álvaro Laborinho Lúcio Dom Manuel Clemente
João Lobo Antunes_2013
João Lobo Antunes


A História do Correntes

Depois do sucesso da 1ª edição realizada em fevereiro de 2000 na Póvoa de Varzim, ano em que se assinalou o Centenário da Morte de Eça de Queirós, Ilustre conterrâneo e vulto inquestionável da Literatura Portuguesa, não poderia a Câmara Municipal, promotora do evento, deixar de pensar, desde logo, na sua continuidade, mantendo como tema fundamental o mar, que se vê destas duas línguas, o português e o espanhol.

Não é só a língua que une os países de onde procedem os escritores. É também esse mar que, mal saíram as caravelas deste espaço mítico, se transformou numa grande estrada cultural.

Após esse tempo de achamentos essa ligação foi crescendo e foi-se reforçando tendo permitido à Póvoa de Varzim afirmar-se como espaço de encontros, reencontros e até “novo achamento”, como preferem chamar-lhe alguns dos convidados.

Divulgar o livro e a leitura, num país em que, afinal, ainda se lê tão pouco, de acordo com as estatísticas, foram, são e serão os principais objetivos do Festival, sem pretensiosismos. Por isso, para além do público que simplesmente gosta de ler, os alunos do Ensino Básico e Secundário, são em grande parte o público-alvo desta ação, não só pelos contactos estabelecidos diretamente entre escritores e estudantes, no seu estabelecimento de ensino, mas também indiretamente através dos professores que participam no Fórum.
MalangatanaDesde 2000 que durante quatro dias de fevereiro a Póvoa se transforma em porto de abrigo de poetas, ficcionistas, contistas, críticos e agentes literários, professores, editores, jornalistas, ou tão simplesmente de leitores.

Por sabermos quão importantes são os contactos diretos com os autores para o estudo das obras e da literatura, continuaremos a dar uma grande importância às conversas estudantes-escritores.

Nos últimos dez anos passaram pela Póvoa de Varzim, mais de quatro centenas de escritores dos vários espaços ibéricos, das diferentes “iberofonias”. Desde então, no pós e entre Correntes, muitos escritores do espaço ibérico têm incluído a Póvoa de Varzim no seu roteiro de apresentação e lançamento de livros.

Os escritores e os poetas sentiram-se e sentir-se-ão sempre, estamos certos, na Póvoa como em casa, e deixaram e deixarão saudades nos poveiros e em todos os que se dirigiram e dirigirão à cidade para participarem destas Correntes d’Escritas, de emoções, de afetos, de sensações, de pessoas sensíveis, acessíveis, disponíveis…

Hélder Macedo e Maria Teresa Horta Rubem Fonseca_2012 Ivo Machado_2012
Helder Macedo e Mª Teresa Horta Rubem Fonseca Ivo Machado
Luís Sepulveda Dulce Maria Cardoso Aurelino Costa
Luís Sepulveda Dulce Maria Cardoso Aurelino Costa
Carlos Quiroga
Carlos Quiroga


Em 2002 foi lançado o primeiro número da Revista Correntes d’Escritas e em 2003 foi criado o Prémio Literário Correntes d’ Escritas Casino da Póvoa, cuja primeira edição foi entregue em 2004, ano em que foi criado o Prémio Literário Correntes d’ Escritas / Papelaria Locus, possível pela cooperação com um dos livreiros locais. Já em 2009, em parceria com a Porto Editora foi instituído o Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d’Escritas Porto Editora, destinado a trabalhos coletivos realizados por alunos do 4º ano do 1º ciclo do Ensino Básico e em 2010, o Prémio Literário Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d’Escritas.

Em 2004 deu-se início a um novo ciclo que viria a enriquecer o encontro, ao ter sido convidado o pensador português Eduardo Lourenço para fazer uma Conferência de Abertura. Muito mais de 350 pessoas se juntaram num Auditório a “rebentar pelas costuras” para ouvir um dos maiores teóricos da Literatura Portuguesa dissertar sobre O Livro.

Para além disso, há a considerar que se realizam todos os anos outras ações – iniciativas paralelas – em colaboração com o Cineclube Octopus e com o Varazim Teatro.

Todos os anos o evento vai crescendo desta forma organizada e pensada. Ora com a Revista, ora com um Prémio, ora com outro Prémio, ora com as conferências, ora com Exposições: Pintura de João Morando, Malangatana, Pedro Proença, Emerenciano; coletiva “Poesia Experimental Portuguesa”, em colaboração com a Fundação de Serralves; Fotografias de Rui Sousa, Daniel Mordzinski, Luís de Almeida, Simion Cristea, Jorge Barros, Carlos Romero; Escultura de Rui Anahory e Helder de Carvalho.

Daniel Mordzinski_2007 Jorge Barros_2012
Emerenciano_2013

 Ainda em 2007 e como forma de alargar o evento a outras áreas, a relação da literatura com o cinema, a música, o teatro ou as artes plásticas trouxeram à Póvoa de Varzim um leque mais variado de público e participantes, entre eles os realizadores Fernando Lopes, Marco Martins e Margarida Cardoso, os atores/encenadores Maria do Céu Guerra e José Leitão, os músicos Vitorino, Sérgio Godinho ou Manuel Freire, o designer Henrique Cayatte ou os artistas plásticos José Rodrigues e Zulmiro de Carvalho. Em 2008 Carlos do Carmo e Manuela Azevedo foram os cantores convidados para a mesa “Dar a Palavra à Voz”.

João Canijo, José Fonseca e Costa, Kiluange Liberdade, Juca Rocha, André Mingas, Luís Represas, Mário Lúcio Sousa, Maria João Seixas, Isabel Pires de Lima, Sérgio Tréfaut, Maria Filomena Mónica, Miguel Gonçalves Mendes, Pilar del Rio, Maestro António Victorino D’ Almeida, Maria Lúcia Lepecki, Carlos Reis, Luiz Fagundes Duarte, Alexandre Quintanilha, Zelimir Brala, António Feijó, Carlos Pinto Coelho, entre muitos outros, são outras vozes do Encontro, na relação da literatura com outras artes.

Para 2009, novas estratégias se definiram, sempre com o objetivo de divulgar o livro e a leitura, a arte e a cultura, para festejar o 10º Aniversário do maior evento literário português e um dos maiores encontros de Escritores de Literatura de Expressão Ibérica. Em 2009 reuniram-se, então, na Póvoa de Varzim mais de 200 escritores, poetas, editores, agentes literários, jornalistas e muito, muito público, muitos, muitos leitores. Mais de 9000 pessoas participaram nas diferentes sessões.
sala cheia_2011Todos estes elementos foram estruturados tendo em conta a necessidade de inovação, de renovação e sustentabilidade de um evento deste género. Para isso, muitos outros pormenores foram sendo tidos em conta, por forma a fazer do Correntes d’Escritas uma Festa ou um Festival de Literatura, onde o público se sinta confortável e à vontade. Onde sinta que tem a mesma importância que o escritor, onde ambos possam desfrutar dos mesmos espaços, da e com a mesma informalidade.

A estratégia tem resultado, já que, de ano para ano se tem notado um acréscimo de público e que todos, organização, público, comunicação social e participantes se têm tornado cúmplices do encontro. Tomaram-no como seu e defendem-no e promovem-no e ampliam-no.

As pessoas da Póvoa assumiram o Correntes como uma das mais-valias da cidade. Aceitaram o projecto, identificam-se com ele.

Os que visitam a Póvoa assumem que “uma vez participado nos parece afirmado, sem pestanejo, que estaremos sempre lá, em toda a edição que houver”, conforme afirma Mia Couto.

Mia CoutoNa edição de 2006 um novo elemento contribuiu, mais uma vez, para o crescimento do encontro e para a sua permanente renovação de forma dinâmica, por forma a chamar novos públicos fidelizando os anteriores: a criação da imagem gráfica do evento. Sete anos depois de o nome se ter imposto, Correntes d’Escritas ganhou autonomia e criou uma imagem de marca própria que acompanhará todas as campanhas de divulgação e publicitação. Na edição de 2009, data do 10º Aniversário, a imagem passou por uma renovação, inspirada no “original impresso”, criada pelo designer Henrique Cayatte.


O que dizem do Correntes

Mia Couto considera que “somos nós as tais Correntes.”

Onésimo Teotónio Almeida_2011


Para Onésimo Teotónio Almeida “Com o que nos cai de más notícias a azedar o café cada manhã, quem não prefere deixar-se acorrentar a versos fraternos na brisa suave dos mares da Póvoa?”

Rui Zink_2012


Segundo Rui Zink Correntes d’ Escritas tornaram-se “património cultural vivo da península ibérica”.


Hélia Correira_2013



“Uma improbabilidade, um verdadeiro milagre”, na opinião de Hélia Correia.



Inês Pedrosa_2012

“Um exemplo de persistência que tem faltado na política cultural do país” onde o convidado se sente, simultaneamente, “acolhido e livre”, no entender de Inês Pedrosa.


Lídia Jorge_2007


Lídia Jorge considera que “aquilo que faz a singularidade destes encontros em Póvoa de Varzim é acima de tudo o modo singular como as Correntes se processam, o ritmo que os seus organizadores lhe imprimem, com a noção do que é literário. (…) Talvez esse seja o segredo do êxito. A certeza de que em chegando fevereiro, numa cidade portuguesa à beira do Atlântico, pelo menos durante uma semana, um pedaço de Utopia é possível.”

Eduardo Prado Coelho_2006

Eduardo Prado Coelho afirma que iniciativas como o Correntes d’Escritas “entraram já no calendário obrigatório.” 



José Carlos Vasconcelos_2007

Para José Carlos de Vasconcelos, diretor do Jornal de Letras, “As Correntes Poveiras” afirmaram-se “em definitivo, como um singular acontecimento cultural” e tornaram-se “no mais importante, e decerto interessante, encontro literário realizado em Portugal; ou mesmo em qualquer parte do mundo”.



De acordo com Francisco Belard, do jornal Expresso, “a organização foi impecável” e “irrepreensível”, nas palavras do professor universitário Eugénio Lisboa.

Francisco Belard Eugénio Lisboa_2009







Carlos Câmara Leme_2007

Na opinião de Carlos Câmara Leme, do jornal Público, “há uma pequena cidade atlântica de Portugal que está a pregar uma imensa partida ao genial poeta do século XX português [Fernando Pessoa]: a Póvoa de Varzim, com o seu ‘Correntes d’Escritas”.

João Morales_2013


Segundo João Morales, da Revista Os Meus Livros, “os dez anos das Correntes d’Escritas são a prova de que é possível: conviver, organizar, divertir-se com os livros, não ser emproado, criar leitores, não ser elitista, etc, etc, etc.”


Francisco Mangas_2011



Francisco Mangas acha que “o evento é a prova, afinal, de que as palavras não são pátria de ninguém”.




Correntes d’Escritas foi, sem dúvida, um passo de gigante na construção de um novo marco na Literatura Portuguesa e na Literatura de Expressão Ibérica e marca, sem dúvida, como o afirmam perentoriamente os editores, a rentrée literária em Portugal.

Correntes d’Escritas é veículo importante na divulgação da Literatura dos escritores de expressão ibérica – muitos contactos têm sido efetuados entre os escritores eles próprios; algumas traduções de escritores portugueses estão a ser realizadas em países de expressão espanhola, na sequência de tais contactos e vice-versa.

Correntes d’Escritas é espaço de DIÁLOGO entre ESCRITAS e ESCRITORES.

A inteligência do projeto, o nível dos convidados envolvidos, a subtileza dos temas escolhidos, a pontualidade das várias ações, a abrangência das atividades, a qualidade das sessões, a magia dos momentos de convívio, as cumplicidades e afetos gerados, aliados à hospitalidade da Póvoa, fazem deste um Festival único, singular, exclusivo.

Contactos

correntesdescritas@cm-pvarzim.pt ou

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