Póvoa de Varzim, 29.03.2010 - No sábado à noite, o Pavilhão Municipal encheu-se num manifesto gesto de solidariedade. Cerca de 1400 pessoas assistiram ao espectáculo “Ala Arriba, Haiti” promovido com o objectivo de angariar fundos para a missão de Assistência Médica Internacional (AMI), no Haiti.
Estiveram
presentes Luís Diamantino, em representação do município, e Ilda Costa, da AMI.
Perante “casa cheia”, o autarca fez questão de salientar a solidariedade dos
poveiros e ainda a qualidade da dança na Póvoa, ideia aliás reforçada por Ilda Costa,
que ofereceu lembranças aos responsáveis pelas actuações da noite.
Perto de sete mil euros foi a receita
conseguida nesta iniciativa que reuniu academias de dança do concelho –
ArteDança, Baila Pasión, Centro do Corpo, Gimnoarte, SportSpirit e Esquina de Tango
(Gladys & Óscar / convidados especiais) – num espectáculo único.
Segundo Marcelo Machado, da organização, “a Póvoa de Varzim foi capital da
dança” pela dinâmica que os dançarinos conferiram ao evento, de elevada
qualidade, que, pela primeira vez, fez subir ao mesmo palco, em recinto fechado e num
único espectáculo, as principais academias de dança poveiras.
Marcelo Machado considera que a iniciativa “superou
todas as expectativas da organização e foi uma clara demonstração da quantidade e
qualidade da oferta do ensino da dança que existe na Póvoa de Varzim, bem como
da solidariedade dos poveiros a favor de quem mais precisa”. Referiu ainda que o espectáculo apresentado pela dupla Luísa Campos
Ferreira e Paulo Moreira agradou a gente de todas as idades, com estilos que
foram desde o Ballet Clássico ao Ragga, da Dança Jazz ao Hip-Hop, do Flamenco e
Sevilhanas ao Tango Argentino. Passaram pelo palco mais de 300 bailarinos e
alunos de dança, e perto de 30 voluntários colaboraram na produção de um evento
que, para além do apoio da Câmara Municipal, contou com a colaboração de
diversas entidades e particulares que permitiram produzir todo o espectáculo a
custo zero.
Destaque para o lado humanitário de todos os
envolvidos, tendo em conta que toda a receita arrecadada será destinada a suportar despesas relacionadas com a
missão que AMI tem instalada no Haiti e que, certamente, se irá prolongar pelos
próximos anos, dada a dimensão das necessidades de assistência e reconstrução
que o país enfrenta.