Os documentos que serviram de base a esta conversa foram os Livros de Arruamentos, que para a Vila da Póvoa cobrem, de forma descontínua, os anos de 1762 a 1846. O estudo abrange 37 livros existentes no Arquivo Municipal que se referem aos anos de 1791 a 1836. Relativamente a este período, Sandra Amorim quantificou o número de construções existentes em cada rua, em cada ano, e, a partir dessas contagens, definiu os ritmos de crescimento urbano. Apesar de não existir qualquer registo iconográfico desta época, a investigadora convidada, conseguiu identificar os principais eixos viários no interior da malha urbana, bem como os eixos de entrada e saída do povoado.

Em complemento com as informações retiradas dos Livros de Maneios, Sandra Amorim expôs o estudo relativo à distribuição de casas térreas e sobradadas na malha urbana, entre 1792 e 1828, altura em que dominavam, ainda, as casas térreas.
Estes documentos permitiram, ainda, proceder à caracterização sócio-profissional da população poveira, concluindo-se que, na transição para o século XIX, se verificou um acentuado crescimento demográfico e económico, apoiado sobretudo na actividade piscatória.
As conversas regressam ao Arquivo em Setembro com Jorge Pimentel e, uma vez mais, sobre a temática do urbanismo, O arquitecto Rogério de Azevedo no Arquivo Municipal da Póvoa de Varzim.