Rogério Sousa, professor auxiliar do Instituto Superior de Ciências
da Saúde-Norte, “egiptólogo de formação”, começou por afirmar que “quando temos
acesso à escrita, temos acesso à língua e, consequentemente, aos pensamentos de
um povo, de uma cultura. A escrita egípcia, desde a sua formação há mais de
cinco mil anos, traz-nos uma forma de pensar radicalmente diferente da nossa.”
O professor sublinhou que a invenção da escrita implicou a criação de um
código, dos suportes da escrita e de uma estrutura social. A escrita, segundo Rogério
Sousa, originou a união de todo o Egipto em torno do faraó, a figura mais
poderosa do Mundo Antigo.

O egiptólogo ensinou
o significado de alguns signos hieroglíficos. Ank, que significa vida (imagem
mais abaixo), significa também sandália. Isto demonstra que, para os egípcios,
“a vida é uma caminhada”. Ka significa poder de vida, espírito protector. A
imagem que representa o Ka são dois braços abertos que irão proteger o Homem
dos seus inimigos. Já o escaravelho simboliza transformação. Depois de
explicados estes e outros significados, o público presente na conferência já
era capaz de “ler” algumas frases simples mostradas pelo conferencista.

ank
Ank

Na próxima
terça-feira, 14 de Outubro, terá início um curso livre de Introdução à Escrita
Hieroglífica no Antigo Egipto. O curso tem o custo de €20 e as inscrições
continuam abertas no Arquivo Municipal. Rogério Sousa será o responsável por
este curso cujas seis sessões irão decorrer às terças.