A acção irá decorrer
durante todo o dia, na Biblioteca Municipal, e serão sugeridos diversos
exercícios no sentido
de colocar o
espectador como participante na construção de novos significados e sentidos e na
descoberta de nós mesmos na interpretação das obras. Ao mesmo tempo serão
propostas actividades que têm como objectivo
 constituírem-se como exemplos de ferramentas úteis que possam ser utilizados em contextos futuros nas
actividades profissionais dos participantes.
Procura-se, ainda, uma reflexão sobre a
relação das palavras com o lugar, a forma como estas podem provocar, ampliar ou
descontextualizar o espaço onde se inscrevem e vice-versa.

 

“A exposição “Poesia
Experimental Portuguesa” da Colecção da Fundação de Serralves, comissariada por
João Fernandes, director do Museu de Serralves, reúne e apresenta obras e
edições paradigmáticas desta intervenção experimental, realizadas entre a
década de 60 e a década de 80, abrangendo assim um período compreendido entre
1964, data da edição do primeiro número dos “Cadernos de Poesia Experimental”,
e 1984, data da recolha dos materiais presentes em “Poemografias”, o último
livro e exposição que reúnem nomes históricos do experimentalismo com alguns
dos seus mais recentes continuadores. São apresentadas nesta exposição obras de
Ana Hatherly, António Aragão, António Barros, Ernesto de Melo e Castro,
Fernando Aguiar, Salette Tavares, os nomes mais representativos do
Experimentalismo português ao longo deste período.

A relação entre arte
e linguagem tem sido, ao longo do século XX, um dos mais profícuos contextos
para a superação dos limites a que uma história dos géneros artísticos parecia
ter confinado a arte ocidental. Se, por um lado, muitos poetas espacializaram
os seus textos, explorando as possibilidades gráficas que a escrita lhes
proporcionava, por outro, inúmeros artistas visuais partiram da palavra e do
texto para a abolição das fronteiras que isolavam a arte da experiência da vida
quotidiana e acondicionavam uma discussão e um conhecimento sem limites da natureza
do processo artístico”.

 

Recorde-se que esta
exposição e, consequentemente a acção de formação, realizam-se ao abrigo de um Protocolo estabelecido entre o Município da
Póvoa de Varzim e a Fundação de Serralves.

Enquanto Fundadora de Serralvesestatuto adquirido em 2008 – a Câmara Municipal pretende desenvolver um
conjunto de iniciativas que promovam a cultura contemporânea e a sensibilização
ambiental na área das suas atribuições institucionais, bem como beneficiar das
competências especializadas da Fundação, nomeadamente na área das Bibliotecas
Municipais.