Espectáculo baseado num código gestual,
praticamente isento de texto, destinado ao público jovem e adulto, “Alarm”pretende levar o humor a um dos temas mais dramáticos e
intoleráveis da vida humana: a guerra.

Muito para além das épocas, dos
lugares, das nacionalidades, das causas, todas as guerras têm em comum as vivências
das populações civis, que se vêem imersas em batalhas sem sentido. Em “Alarm”, Alain Vigneau
procura reafirmar e celebrar a imperiosa
necessidade da arte e da poesia, das relações humanas e da ilusão pela vida,
inclusive nas piores circunstâncias, inclusive nas circunstâncias de
sobrevivência.

Na peça, duas personagens: um
compositor e um pastor, aparentemente sem laços em comum, dividem vida e morte
no campo de batalha. Nestas circunstâncias extremas, tentam juntos sobreviver
às bombas e à destruição através da sua poesia e das suas ilusões, opondo à
barbárie a força da sua vida interior, transmitindo os sentimentos mais humanos
de medo, desamparo e loucura, mas também de ternura, esperança e fé na vida,
num espectáculo visual com tanto impacto como as próprias contradições humanas.