Esta situação já se verifica desde ontem à
tarde, dia 3, com a passagem de uma nova frente com corrente de Oeste/Sudoeste,
acompanhada de períodos de chuva ou aguaceiros por vezes fortes nas regiões Norte e Centro;
vento moderado a forte, sendo muito forte com rajadas da ordem dos 90 km/h nas terras altas,
abundante queda de neve acima dos 700/800 m com tendência para descer a cota
até aos 400 m
na sexta-feira, 6 de Fevereiro, e com condições favoráveis à ocorrência de
trovoadas.

A passagem ao nível de Alerta Amarelo para este período (03 a 08 de Fevereiro) tem como
efeitos expectáveis inundações por transbordo, em linhas de água de regime
torrencial ou não dominadas por albufeiras; possibilidade de cheias rápidas em
meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de
drenagem; possibilidade de persistência de neve e gelo nas estradas, podendo
conduzir a retenção temporária de veículos e pessoas nas vias e ao aumento de
acidentes rodoviários e isolamento temporário de núcleos habitacionais;
fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associada à
saturação dos solos, pela perda da sua consistência; danos em estruturas
montadas ou suspensas; possibilidade de aumento de incêndios urbanos por
deficiente utilização dos sistemas de aquecimento e eventuais dificuldades com
embarcações e possibilidade de acidentes junto à costa devido à agitação
marítima.

Tendo em conta a situação acima descrita,
a Autoridade Nacional de Protecção Civil recomenda à população a tomada das
necessárias medidas de prevenção e precaução tomando especial atenção:

  • às informações da
    Meteorologia e indicações da Protecção Civil e Forças de Segurança, mantendo-se
    atento à situação, sem gerar alarmismos desnecessários;
  • à adequada
    fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras
    estruturas suspensas;
  • à desobstrução
    dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes que possam
    ser arrastados;
  • à não utilização
    de braseiras em locais fechados, por haver perigo de morte por inalação de gás
    (monóxido de carbono) libertado pelas mesmas;
  • aos cuidados a
    ter com a utilização das lareiras e outros sistemas de aquecimento;
  • a adopção de uma
    condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a
    possível formação de lençóis de água nas vias ou com a redução da visibilidade;
  • ao não
    atravassamento de zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas
    ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
  • aos cuidados
    redobrados com actividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca
    desportiva, desportos náuticos, passeios à beira-mar e estacionamento de
    veículos na orla marítima;
  • à adopção de
    medidas preventivas e de precaução destinadas a evitar consequências
    desnecessárias.