Em público testemunho, o Almirante CEMGFA aproveitou a ocasião para homenagear todas as comunidades piscatórias locais, os seus pescadores, as suas famílias, as suas mulheres e as suas associações, pelo contributo para Portugal e para a nossa identidade nacional.

Este simbólico reconhecimento foi feito na pessoa do Mestre José Festas, fundador e presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, e na pessoa da Dona Maria do Desterro, em representação das Mulheres destas comunidades piscatórias.

Foram ainda distinguidos pelo Almirante Silva Ribeiro, por todo o apoio dado em 2017, aquando das comemorações do Dia da Marinha, os autarcas da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, Aires Pereira e Elisa Ferraz, respetivamente.

O Almirante CEMGFA revelou que era com sentimento de respeito e gratidão que se encontrava na presença daqueles que fazem do mar a sua vida: “sentimento de respeito pela forma estoica e abnegada como a comunidade piscatória exerce a sua atividade, tantas vezes em condições que exigem mais do que a força humana; sentimento de gratidão pelo seu inigualável contributo para tudo o que ao mar diz respeito”.

Continuou transmitindo que “tendo dedicado toda a minha vida aos assuntos do mar, conheço bem o valor do contributo para Portugal de todos quantos do mar fazem a sua vida”, acrescentando que “nestas circunstâncias, a minha presença tem dois objetivos: o primeiro visa expressar um profundo agradecimento a todos aqueles que em condições por vezes muito difíceis e adversas buscam no mar uma vida mais próspera para si e para a sua família”.

Para o Almirante Silva Ribeiro, “os homens do mar são símbolos inequívocos da cultura portuguesa, parte viva e estruturante da identidade nacional”. Neste contexto, relativamente à comunidade piscatória local, destacou o exemplo de um homem que representa “os traços de carater coletivos das gentes do mar”, o Mestre José Festas, que criou a Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, que tem “desenvolvido um importante trabalho no âmbito da discussão e acompanhamento das matérias relacionadas com a prevenção, o socorro, a assistência e o respeito das condições de segurança a bordo”. Destacou ainda, “o seu trabalho dedicado, que muito tem contribuído para a sensibilização e mobilização dos pescadores para as importantes questões da segurança no mar através de várias iniciativas”.

O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas referiu que “uma comunidade piscatória local como esta, de dimensão histórica e características humanas únicas, não poderia existir nem ser o que é sem o extraordinário trabalho das suas mulheres”, simbolizadas pela Dona Maria do Desterro. Na sua pessoa, o Almirante CEMGFA deixou “uma saudação muito especial a todas as mulheres que integram a comunidade piscatória local pela dedicação, resiliência e profunda fé que demonstram ao longo do seu quotidiano”, acrescentando que “são símbolos maiores da coragem, abnegação e humanidade”.

O segundo objetivo da presença do Almirante CEMGFA é regularizar “uma dívida de gratidão que tenho há dois anos para com os pescadores, as suas famílias e as associações da comunidade local” relativamente ao Dia da Marinha, “pelo extraordinário acolhimento que proporcionaram à Marinha”. Assim, quis agradecer a “forma fraterna, carinhosa e entusiasta como me receberam e a todos aqueles que me acompanharam”, fazendo-o, representativamente, nas pessoas de Maria do Desterro e José Festas.

A celebração eucarística foi proferida pelo Pároco das Caxinas, Monsenhor Domingos Ferreira de Araújo, que também foi presenteado pelo Almirante CEMGFA pela cedência da igreja no Dia da Marinha.