O autor contou com a presença de amigos, alunos e
colegas de docência para partilharem consigo este marcante momento da sua
actividade literária. Em comum, palavras de reconhecimento pelo seu contributo
para a formação e ensino e uma merecida homenagem pela sua obra.

Antero –
o Homem, Antero – o Filósofo, Antero – o Artista, todos eles estão retratados
na obra do poveiro Antero Simões, que o próprio confessa ser o livro da sua
vida. Este divide-se em três partes essenciais: Prólogo, Diálogo e Epílogo. A
1ª Parte centra-se no percurso biográfico e literário do açoriano Antero
Tarquínio de Quental, de notável contributo para a introdução dum espírito novo
em Portugal. “Antero Trifrontal com Eça, Leonardo e João Mendes” é o título da
2ª Parte, na qual assumem papel de “protagonistas” Eça de Queirós, Leonardo
Coimbra e João Mendes. Estes “três Nomes da nossa mais selecta Cultura” foram
eleitos por Antero Simões para serem seus “interlocutores” num diálogo introduzido na obra, para “nos descodificarem a
mais unificante e autêntica mensagem anteriana”. Como refere Lúcio Craveiro no
Prefácio da obra, “a companhia dos autores escolhidos é do melhor que se
encontra na Literatura Portuguesa.” A 3ª Parte – Antero Imortal – refere as mulheres, crianças e amigos que
perpassaram a vida de Antero, culminando com o mais saudoso e divino soneto de
Antero de Quental, Na Mão de Deus.

livro_antero

No
posfácio, Antero Simões recorre a três tríades – a das Pessoas, a das Cidades e
a dos Santos – que imprimem relevo a Vultos e Lugares, com especial destaque
para a Póvoa de Varzim e Vila do Conde, «Duas Vilas uma só Urbe – A Cidade dos Bons Afectos – Bento de
Freitas “projectou-a”, “reviveu-a” Antero de Quental».