A exposição “De Caras com a Escrita”, que será inaugurada hoje, e o respectivo catálogo, da autoria de Rui Sousa, pretende mostrar ao público os rostos por trás dos livros. Na opinião do fotógrafo, que está presente no Encontro desde a segunda edição, “os escritores, muitas vezes, não gostam de colocar as suas fotos nos livros que editam. Esta é uma forma das pessoas os conhecerem.”

Correntes é o primeiro livro de José Carlos Marques. O fotógrafo capta imagens do Encontro Literário desde 2003 e em Correntes o autor mostra imagens da amizade, da intimidade e da confiança gerada entre escritores ao longo destes cinco anos. É a “minha visão do Correntes d’Escritas e do que o Encontro significa.”

Daniel Mordzinski sente-se “sortudo por fazer o que gosto. A máquina fotográfica é o meu passaporte para conhecer escritores e participar neste evento.” O fotógrafo argentino, que já comemorou 30 anos a retratar escritores, irá lançar Boulevard das Correntes. Pela primeira vez o autor atreve-se a escrever. As imagens deste livro é acompanhado de textos da sua autoria, por isso, tem um “simbolismo especial”. Para o fotógrafo, “a literatura é o grande meio de evasão, o eterno passaporte que nos salva da vulgaridade, da mediocridade e da injustiça quotidianas. Esse fenómeno gera tanta gratidão e admiração que é lógico querer conhecer o homem ou a mulher que nos faz chorar, sonhar, ou rir.”