Para Junho, o
Varazim Teatro sugere a peça “As cebolas de Napoleão”, apresentada pela
companhia ESTE – Estação Teatral. Será no dia 4, às 22h00, no Auditório
Municipal.

A dramaturgia e
encenação são de Nuno Pinto Custódio, espaço cénico e figurinos da
responsabilidade de Ana Brum, desenho de luz e operação técnica a cargo de
Pedro Fino, fotografia de António Supico e interpretação de Ricardo Brito,
Patrick Murys, Tiago Poiares e Rui Sousa.

 

Sobre o Espectáculo

“Quatro fuzileiros
trazem consigo a grande história, desde que Napoleão irrompe da Revolução
Francesa, se coroa a si próprio imperador e decreta o Bloqueio Continental.
Quatro fuzileiros trazem consigo a história já não tão grande, desde que
Jean-Andoche Junot entra pela zona raiana e chega a Lisboa para “ficar a ver
navios” com a partida inesperada de João VI para o Brasil.

Quatro fuzileiros
trazem consigo a história mais pequena, quando o general Loison, sem um braço,
tornou comum a expressão “ir para o maneta”, ao saquear, chacinar e incendiar o
país de norte a sul.

Quatro fuzileiros
trazem consigo, na memória do corpo, com os gestos, as palavras, os sons, a
mais que pequena história, quando o general de brigada Charlot, mandado
auxiliar a cada vez mais instável e insegura capital do reino, depara-se no
caminho com a vila de Alpedrinha, ali na Serra da Gardunha, e das seis para as
sete horas do dia cinco de Julho de 1808 deixa a impiedosa marca da destruição
e da morte. Como camadas de uma cebola, da Europa vista de cima, até que se
perceba o branco dos olhos de cada um.

Esta é a nova
criação da ESTE – Estação Teatral, bem ao seu jeito, recentrando a
representação no corpo do actor, recorrendo à pantomima para criar toda uma
narrativa de imagens, procurando que a percepção do aqui-agora torne essencial
na vida a arte da presença”.

 


Sobre a ESTE – ESTAÇÃO TEATRAL

A ESTE – Estação
Teatral é uma companhia sedeada no Fundão que tem como objectivo nuclear a
produção de espectáculos através de uma vocação artística e pedagógica que visa
promover e fomentar a criação/formação de públicos. Desse modo, a sua
actividade está fortemente vocacionada para a centralização do trabalho do
actor, numa perspectiva de Teatro em Urgência, ou seja, de uma actividade
pensada e preparada para acontecer em meios não-convencionais, com público
não-convencional. Esta vertente engloba, igualmente, uma forte natureza para a
itinerância, fazendo com que o teatro vá verdadeiramente ao encontro das
pessoas.

Agilidade, flexibilidade, adaptação, polivalência e
abrangência são, portanto, termos que caracterizam a actividade desta unidade.
Do ponto de vista artístico, as suas criações estarão vocacionadas para o uso
de ferramentas de trabalho que valorizem a expressão corporal, colocando o
gesto e a palavra num mesmo plano. O teatro gestual, a pantomima, a Commedia
dell´Arte, a Máscara, a improvisação, a criação colectiva, o teatro de sugestão
são, por assim dizer, campos privilegiados de actuação, sem menosprezar o
objecto texto ou a verbalidade, antes, na perspectiva da sua valorização.