É uma das primeiras ações do Correntes d’Escritas 2015, que tem repetição à tarde com os alunos do Externato Paraíso dos Pequeninos (Santa Maria da Feira) e com a mesma parelha de escritores.

Quer Aurelino Costa quer Ivo Machado contaram histórias da infância e adolescência e de como esses tempos e respetivas vivências foram importantes para um despertar para a escrita e para os momentos criativos na idade adulta.

Aurelino Costa chamou a esses momentos “a espécie de fermento” para a criação artística ou “o tempo do reino maravilhoso”, enquanto Ivo Machado apelidou a infância de “tempo de ouro” da sua vida e que, de resto, durou até aos 40 anos. O escritor entende que só se tornou adulto quando, em 2000, morreu a sua última avó, Emília, que era a sua ligação à infância. Foi a avó Emília que transmitiu a Ivo o gosto pela leitura, uma vez que sempre teve muitos livros espalhados pela casa e, além de partilhar os livros com o neto também conversava com ele sobre as obras lidas.

Os alunos tiveram a oportunidade de fazer perguntas aos autores, que responderam de forma animada ilustrando sempre com um exemplo prático da sua história de vida. Ao lhes serem pedidos conselhos para quem se quer tornar num escritor, Aurelino e Ivo deixaram um pensamento comum: “Ler e escrever muito, ser teimoso e nunca desistir da escrita para ganhar competências”.