Conta-se com a subida das temperaturas máximas e mínimas e com a descida da humidade em todo o país o que pode vir a causar a ocorrência de índices de incêndio muito elevado na região do Algarve, e no Interior Norte e Centro e com situação agravada no baixo Alentejo. Prevê-se o agravamento deste risco nas próximas 48 horas, podendo aumentar o número de conselhos em perigo. Para além de risco de incêndio, a exposição ao calor intenso, pode produzir efeitos negativos na saúde, sendo as crianças e os doentes crónicos particularmente vulneráveis.

A ANPC deixa algumas medidas preventivas e outras medidas do que não é permitido fazer:

– Não realizar queimadas, fogueiras para recreio ou lazer, ou para confeção de alimentos;

-Não utilizar equipamentos de queima e de combustão destinados à iluminação ou à confeção de alimentos;

-Não queimar matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração;

-Não lançar balões com mecha acesa ou qualquer outro tipo de foguetes;

-Não fumar ou fazer lume de qualquer tipo nos espaços florestais e vias que os circundem;

-Não fumigar ou desinfestar apiários com fumigadores que não estejam equipados com dispositivos de retenção de faúlhas.

A ANPC recorda ainda alguns cuidados a ter face às condições meteorológicas previstas, nomeadamente quanto à realização de trabalhos agrícolas e florestais:

-Manter as máquinas e equipamentos limpos de óleos e poeiras;

– Abastecer as máquinas a frio e em local com pouca vegetação;

– Ter cuidado com as faíscas durante o seu manuseamento, evitando a sua utilização nos períodos de maior calor.

A ANPC recomenda também a adequação dos comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio florestal, nomeadamente a adoção das medidas de prevenção e precaução adequadas, observando-se as proibições em vigor e tomando-se especial atenção à evolução do perigo de incêndio para os próximos dias, que se encontra disponível junto dos sítios da internet da ANPC e do IPMA, junto dos Gabinetes Técnicos Florestais das Câmaras Municipais e dos Corpos de Bombeiros.

Para se proteger dos efeitos negativos do calor intenso na saúde mantenha-se informado, hidratado e fresco, pelo que a DGS recomenda:

– Procurar ambientes frescos (preferencialmente climatizados);

-Evitar que o calor entre dentro das habitações; correr as persianas, ou portadas e mantenha o ar circulante dentro de casa; refrescar a habitação e evite ligar fornos.

– Beber água ou sumos de fruta natural sem açúcar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas;

– Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas.

-Utilizar roupa solta (algodão), que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol;

– Utilizar protetor solar com fator > 30 e renovar a sua aplicação de 2 em 2 horas;

– Escolher as horas de menor calor para viajar de carro.

-Não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol, nem deixe os animais domésticos no carro;

– Evitar atividades que exijam grandes esforços físicos;

– Dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, tais como:

o Crianças;

o Idosos;

o Doentes crónicos;

o Grávidas;

o Pessoas com mobilidade reduzida;

o Trabalhadores com atividade no exterior;

o Pessoas isoladas;

– Ofereça água aos recém-nascidos, crianças, pessoas idosas e pessoas doentes porque podem não manifestar sede;

– Os doentes crónicos ou sujeitos a medicação e/ou dietas específicas devem seguir as recomendações do médico assistente;

– As crianças com menos de seis meses não devem ser sujeitas a exposição solar, devendo evitar-se a exposição direta de crianças com menos de três anos (usar roupa e protetor solar >50).