Ventura Terra deixou uma obra notável no domínio dos equipamentos urbanos, como a primeira creche lisboeta, a Maternidade Dr. Alfredo da Costa, os liceus Pedro Nunes e Maria Amália Vaz de Carvalho, o edifício do Banco Totta & Açores, o Teatro Politeama, obras construídas na capital, o Teatro-Club e o Hospital Valentim Ribeiro, ambos em Esposende, o Palace Hotel de Vidago, concluído após a sua morte. A sua ligação à Póvoa de Varzim prende-se com a atribuição da autoria do projeto do Mercado David Alves, na moradia da Av. Mouzinho de Albuquerque e no Projeto de monumento a Francisco de Almada e Mendonça, Eça de Queirós, Rocha Peixoto, Sacra Família e Gomes de Amorim (não construído). Sandra Araújo de Amorim irá abordar a ligação do arquiteto à Póvoa de Varzim e muito mais. Quanto ao lançamento de Açor, o cão de Ventura Terra, da autoria de Gisela Silva, surgiu através do convite de Alda Terra, Presidente da Fundação Ventura Terra.

“Saliento que nunca foi intenção desta historia querer tornar-se numa biografia. Pretendeu, sim, assumir pela escrita diferentes momentos da vida de Miguel Ventura

Terra, revelando, pela magia da ficção, despida de qualquer pretensiosismo, uma personagem singular nos seus afazeres profissionais, embora comum na sua vivencia diária. Confesso que cismei alguns bons dias ate que me entrou em casa um cão maravilhoso, um ser incrivelmente fiel, de nome “Açor”, que me conquistou. Olhou para mim, desafiador, sacudiu-me as ideias, fez-se narrador e a história aconteceu. Entrego-vo-la, pois, a partir de agora, deixou de ser minha. Açôr, o Cão de Ventura Terra é a história de um jovem apaixonado pela descoberta, que sempre pediu que o deixassem experimentar para aprender e poder concretizar os seus objetivos, demonstrando o seu talento e fascínio pela arquitetura. E também a historia de um homem fielmente acompanhado pelo seu cão, que lhe conheceu a vida e sentiu a dor indiscutível da sua morte”.