A sessão, que teve a presença do Vice-Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Luís Diamantino, contou com a apresentação do livro Cancioneiro Tradicional de Rates, de José Abel Carriço e atuação do Grupo de Cantigas Tradicionais da freguesia.

Luís Diamantino revelou que, após ter assistido à atuação do grupo, retornei um pouco à sua infância, ao espaço do povo.

Sobre Abel Carriço, referiu que “deu uma aula sobre a cultura popular e as cantigas tradicionais”. Felicitou-o ainda pelo trabalho desenvolvido em prol da música, nomeadamente na vila de São Pedro de Rates, com a criação da Escola de Música Arnaldo Moreira. Quanto ao livro apresentado disse tratar-se de “mais um documento, muito importante, que o Professor Abel Carriço deixa ficar, um contributo à cultura poveira”.

Ao Presidente da Junta, felicitou-o pelas inúmeras atividades culturais que teve em São Pedro de Rates ao longo do ano que está a acabar, comprometendo-se para que em 2018 se realizem ainda mais iniciativas de âmbito cultural.

O Presidente da Junta de Freguesia de Rates, Paulo João Silva lembrou que as comemorações dos 500 anos do Foral Manuelino que agora terminaram arrancaram a 9 de dezembro e enumerou as diversas iniciativas levadas a cabo ao longo do último ano no âmbito destas comemorações. Transmitiu ainda que ao comemorar a outorga do Foral de Rates, a Junta de Freguesia de S. Pedro de Rates pretendeu não só assinalar a importância do percurso histórico de Rates, mas também a dar a conhecer a sua história e perpetuar no tempo a memória da identidade ratense.

Abel Carriço transmitiu que com a publicação deste cancioneiro “se concretiza o propósito de salvaguardar e perenizar uma parcela da tradição musical de Rates, passando-a do património oral para o património literário-musical. Este registo gráfico, um elemento preservador do património, torna-se facilitador da leitura e da execução interpretativa, e um transmissor da tradição musical que também retrata a sociedade local, enriquecendo a sua riqueza patrimonial. Desta maneira, mais facilmente se garantirá a «sustentabilidade» das vozes que cantam, sem tempo, uma memória coletiva que se pretende imortal”.

Terminou referindo que o livro “é uma oferta cultural ao povo que canta as «Cantigas das desfolhadas ou do linho e das Reisadas», pois encontrou na música uma das formas mais puras para exprimir a sua identidade”.