Póvoa de Varzim, 28.11.2008 - Uma tipografia é um mundo desconhecido. Um mundo de máquinas grandes e barulhentas, que pegam no papel em branco e o transformam numa festa de cor.
Esta tarde, perto de 30 crianças dos jardins de infância O Ribeiro e Ilha do
Tesouro puderam assistir ao vivo a esta transformação que se diria mágica, não
fossem as explicações de António Baptista de Lima, que toda a vida trabalhou
nesta área.
É ele o proprietário da Tipografia
Camões, que a Biblioteca Municipal escolheu para visitar esta tarde, como forma
de assinalar o Dia Nacional da Imprensa, bem como o centenário da própria tipografia. A visita começou na parte mais antiga, onde estão as
máquinas que derretiam, faziam os caracteres de chumbo e onde se fazia a sua
composição sob a forma de texto. Agora silenciosas, elas foram, em tempos, a
única forma de passar para o papel o que se queria imprimir. Mas ainda
funcionam e foi numa destas máquinas que António Baptista de Lima compôs e
imprimiu os nomes de algumas das crianças presentes, que assistiram com grande
espanto a um processo que parece tão antigo mas que não está assim tão distante
no tempo, uma vez que ainda nos anos 80 se imprimiam alguns jornais locais por
este processo, combinado já com outras inovações que iam surgindo.
A visita seguiu depois para as
máquinas actuais, em plena laboração, e para a parte da composição, onde tudo é
feito com recurso aos computadores. Os processos simplificaram-se e tornaram-se
mais rápidos, fruto de uma rápida evolução, em que a informática e as novas
tecnologias tiveram um papel fundamental.
Como esta iniciativa da Biblioteca
Municipal estava também associada à comemoração da “Semana da Prevenção (redução) na
Produção de resíduos”, a decorrer de
22 a 30 de Novembro, no final da visita à tipografia, houve ainda tempo para abordar com as crianças o
reaproveitamento de resíduos resultantes da actividade de uma empresa deste
tipo.