José Macedo Vieira e
Aires Pereira, Presidente e Vice-Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de
Varzim acompanharam esta visita.

O responsável pela
autarquia poveira transmitiu que “estamos num município sustentável e
ambientalmente saudável”, acrescentando que temos uma costa com nove zonas
balneares concessionadas com bandeira azul.

Macedo Vieira
referiu-se ainda à saúde financeira do município sendo que a curto prazo a
dívida é zero e a médio/ longo prazo é de 20 milhões de euros, não passando dos
55% do PIB, “coisa rara em Portugal”.

Quanto ao Windfloat, o
autarca reconheceu o contributo do projeto, “no qual depositamos grandes
esperanças, não só localmente para o município mas para o país, tratando-se de
um bom investimento para todos nós”.

Aires Pereira reiterou
a importância do Windfloat, “um projeto inovador a nível mundial, que está a
ter uma observação por todas as pessoas ligadas ao desenvolvimento das energias
renováveis. É sem sombra de dúvida uma experiência única ao nível dos oceanos
em águas profundas e, por isso, tem chamado a atenção para o nosso país e, em
particular, para a Póvoa de Varzim, como hoje se comprovou com a visita da mais
alta entidade económica europeia no que diz respeito a energias renováveis para
cumprir em 2020 o objetivo de 20% de fornecimento de energias renováveis”.

O Vice-Presidente
afirmou que, estando ligada à rede pública a produção que aqui se obtém, a
população poveira já usufruiu desta infraestrutura que, após ter resistido ao
inverno rigoroso que se fez sentir ficou testada, ao limite, permitindo
concluir que o local foi bem escolhido no que se refere às características da
costa portuguesa.

A EDP pode vir a exportar a tecnologia e o conceito
do projeto Windfloat – instalado no mar, a seis quilómetros de Aguçadoura,
na Póvoa de Varzim  – para a Ásia, nomeadamente o Japão. “Temos
mercados que têm mostrado interesse, nomeadamente a Ásia”, disse o
presidente executivo da EDP, António Mexia.
Contudo,
“ainda é cedo para falar nisso”.

De acordo com o CEO da EDP,
para já, a estratégia da  empresa no que respeita às eólicas offshore, ou seja, no mar, passa por
Inglaterra e França. “São a nossa  prioridade”, disse na mesma
ocasião. No entanto, esclarece Mexia, nestes dois mercados terão  de
ser usadas eólicas diferentes da Windfloat, porque “são áreas de águas
menos profundas e a Windfloat  é para águas mais profundas”.

A EDP vai, assim, de encontro
às aspirações do Comissário Europeu de Energia que visitou Portugal e
reconheceu que “estamos
a desenvolver um projeto pioneiro em investigação e
desenvolvimento, em construção e em tecnologia”. 

Para Günther Oettinger, o Windfloat pode ser direcionado em
vários sentidos: primeiro para o nosso país, como fonte energética e fabrico
das torres e respetiva tecnologia, depois, exportação de energia, torres e
respetiva tecnologia.

“A
tecnologia flutuante é chave para o futuro. Olhemos para o Japão que tem uma
faixa estreita de terra rodeada de mar, tal como vocês têm uma faixa estreita
de terra junto à fronteira e com o Atlântico do outro lado. O potencial deste
projeto é enorme e devem continuar a investir nele para crescer o peso na energia
europeia e nas vossas exportações”, transmitiu o Comissário Europeu.