O convite para esta conferência surgiu da paróquia de Amorim, após o
restauro do retábulo do edifício. Os técnicos, que acompanharam a evolução dos
trabalhos ao longo dos três meses de duração, começaram por enquadrar a capela
no seu estilo arquitectónico, explicando que “este é um edifício barroco que,
apesar das suas reduzidas dimensões, dispõe de uma excelente técnica
construtiva”. Depois de uma breve descrição das esculturas que decoram a
capela, tal como S. Bernardo, Nossa Senhora da Lapa e S. António, Deolinda
Carneiro e José Flores esclareceram que existem cuidados simples para que um
retábulo adie a necessidade de ser restaurado, tal como não colocar velas e
decorações florais junto a estes, já que “o contacto das flores é nocivo para a
madeira, pela sua humidade. O fumo das velas e a cera também prejudica bastante
a conservação dos retábulos”. A palavra conservação foi a mais ouvida durante a
noite. Os técnicos municipais consideram que antes de restaurar alguma peça ou
edifício existem “muitas opções” que passam pelo tratamento e conservação. Uma
das opções é a desinfestação. A directora do Museu poveiro explicou que “não
adianta restaurar algo se o que está à sua volta está ‘doente’. Antes do
restauro do retábulo foi muito importante a desinfestação de todo o edifício”.

capela_antes capela_depois
Capela, antes do restauro Capela, depois do restauro

Todas as explicações foram acompanhadas de imagens
para que, zeladores e responsáveis por decorações em igrejas, presentes nesta
sessão de esclarecimento, ficassem bem elucidados sobre todos os passos e cuidados
a ter num edifício religioso.