O Conselho Metropolitano do Porto (CMdP), que decorreu na passada sexta-feira, na Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, pronunciou-se favoravelmente sobre a implementação, pela Área Metropolitana do Porto (AMP), do Passe Único, um título intermodal que irá permitir aos passageiros viajar nos diferentes operadores rodoviários, nas linhas da CP Urbanos do Porto e no Metro do Porto.
A aprovação do Passe Único inclui três vertentes: o passe municipal ou de 3 zonas contíguas, cujo valor será de 30 euros, o passe rede geral, com o valor de 40 euros e o passe gratuito para crianças até aos 12 anos.
Com a implementação do PART – Plano de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos, levada hoje a discussão, os utentes deixam de optar por um passe intermunicipal ou municipal, passando este último a ter um âmbito mais alargado, permitindo aos passageiros fazer a transição para os municípios vizinhos, não podendo, contudo, exceder as três zonas.
O Presidente do Conselho Metropolitano, Eduardo Vítor Rodrigues, comunicou ainda ao Conselho sobre os assuntos abordados na reunião com a ANTROP – Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros e os operadores de transportes rodoviários de passageiros privados, que decorreu esta semana.
A AMP responsabiliza-se perante os operadores sobre a questão do Passe Único, reforçando uma relação de confiança que tem vindo a ser desenvolvida desde que é Autoridade de Transportes da Área Metropolitana do Porto.
Em termos de cronograma, a implantação do Passe Único irá decorrer a partir do dia 1 de abril de 2019 para todos os operadores que integram o Andante, estando prevista a implementação dos restantes para maio e o passe gratuito para os menores de 12 anos para o início do próximo ano letivo.
Nesta reunião, o Presidente do Conselho Metropolitano, Eduardo Vítor Rodrigues, deu ainda conta que a diferença de valores do PART – Plano de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos, não está associada a qualquer discriminação entre as duas áreas metropolitanas, Porto e Lisboa, mas pela disparidade de custos que estão inerentes a cada umas delas.
O início da reunião contou ainda com a apresentação do Centro Nacional de Arbitragem da Construção (CNAC), com sede no Porto, por Bartolomeu Noronha. O CNAC funciona como uma entidade para a resolução alternativa de litígios, com grande importância na procura de soluções e alternativas que minimizem muitos dos problemas com os quais os municípios se veem confrontados, agilizando decisões.