Reunidas estão imagens recolhidas na Póvoa, em 2003, durante o 4º Correntes d’Escritas.

Fragmentos de conversas, Aurelino Costa a declamar poesia sobre o mar da Póvoa e os poveiros, testemunhos de escritores presentes, imagens das viagens de autocarro, dos momentos de convívio e lazer, quer durante as animadas refeições, quer até numa partida de matraquilhos. Tudo isto pode ver-se neste trabalho de Ondjaki, apresentado agora, como forma de assinalar os dez anos do Correntes d’Escritas. O escritor angolano explica que é também uma forma de homenagear “aquelas pessoas que ainda fazem parte destas Correntes mas que já não estão cá” e também de trazer uma nova linguagem, a vídeo-falada, juntando-se assim “à língua escrita e falada” , permitindo também “dar lugar à imagem em movimento.”

“Espaço de amizade”, assim defino Ondjaki as Correntes d’Escritas, nas quais participa há largos anos. “É um espaço de divulgação e debate, também de expressão política, mas é acima de tudo um espaço afectivo.”