O Grupo Parlamentar foi acompanhado pelo Presidente da Câmara Municipal, Aires Pereira, pelo Diretor da Delegação Norte da Docapesca, Eurico Martins, por um representante da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, Mestre Postiga, e pelo Presidente do Clube Naval Povoense, Paulo Neves.

Liderado por Virgílio Macedo, Presidente da Comissão Política Distrital do PSD/Porto, o Grupo Parlamentar, que também contou com a presença do poveiro Afonso Oliveira, “veio constatar o ponto de situação relativamente às obras de desassoreamento da barra do Porto da Póvoa de Varzim”.

Segundo transmitiu Virgílio Macedo, “ficamos surpreendidos como um assunto despoletado em outubro de 2013 chegado outubro de 2014 ainda não está resolvido. Desde então que se fala da necessidade desta intervenção no Porto da Póvoa de Varzim. A senhora Ministra deslocou-se aqui à Póvoa no início de 2014 e afirmou que em maio iriam começar as obras de desassoreamento e só presentemente estas obras vão começar com todas as agravantes em termos climatéricos que poderão dificultar, adicionalmente, a sua realização”.

O Presidente da Comissão Política Distrital do PSD/Porto constatou que “estamos a falar de um problema de segurança e que poderá afetar economicamente a região. Os responsáveis políticos, nos últimos tempos, têm tido um discurso muito pró-política e pró-atividade para a economia do mar e esse discurso tem que ser consequente”. Nesse sentido, o Grupo Parlamentar é da opinião de que “o assunto do desassoreamento já deveria estar resolvido”.

Para Virgílio Macedo, o facto da situação ainda não estar resolvida “deve-se ao Ministério do Mar que em devido tempo não soube tomar as devidas iniciativas no sentido de, até ao verão de 2014, esse desassoreamento estar realizado”.

Realçou que “tanto a Câmara da Póvoa de Varzim, nomeadamente, alertando o Parlamento e o Ministério, como os Deputados do Distrito do Porto têm durante este ano sistematicamente falado sobre a necessidade e urgência de realizar essas obras. É importante, definitivamente, iniciar as obras e estarem concluídas no prazo mais curto possível no sentido de o inverno que se aproxima e as condições climatéricas e do mar não afetarem e não provocarem nenhum acidente”.

O Presidente da Comissão Política Distrital anunciou que “o Grupo de Deputados do Distrito do Porto irá apresentar um Projeto de Resolução na Assembleia da República no sentido de no Orçamento de Estado estar prevista uma verba para a manutenção do Porto da Póvoa de Varzim. Se for realizada a manutenção regular, os problemas sistemáticos e pontuais de assoreamento extremo certamente não se repetirão. Este Projeto de Resolução servirá para alertar o Governo para a necessidade de se efetuar uma contínua e permanente manutenção do Porto da Póvoa de Varzim através de intervenções regulares, todos os anos, que evitem intervenções de carater urgente e extraordinário”.

Sobre o início da dragagem previsto para esta semana, Aires Pereira revelou que “sob o ponto de vista físico, ainda não há nenhuma operação no Porto da Póvoa de Varzim. Está atracada a draga à espera que sejam criadas condições para que possa operar e para isso é preciso que venha uma outra draga que está a acabar outra operação e crie condições de navegabilidade para que esta possa começar a trabalhar”.

Neste sentido, o autarca prosseguiu constatando que “os 75 dias que estão previstos para a execução deste trabalho serão curtos e, dado que as condições meteorológicas se irão alterar substancialmente esta semana haverá muita dificuldade em iniciar os trabalhos”.

O Presidente transmitiu que “agora, estamos na segunda fase deste processo. Isto é, a primeira foi garantir que seria feita esta dragagem de emergência e o pedido da vinda dos deputados do distrito do Porto à Póvoa de Varzim foi no sentido de lhes mostrar qual é a realidade do Porto e da necessidade de já no próximo orçamento ser incluída uma verba que permita que continuemos este processo de manutenção do Porto até que fique naquilo que são as condições do projeto. São necessários serem retirados cerca de 450 m3 de inertes para que o Porto esteja nas perfeitas condições de funcionamento e segurança quer para a atividade piscatória quer para a atividade da náutica de recreio que também está altamente condicionada nesta altura”.

Assim sendo, Aires Pereira manifestou que “ainda não está, nem poderá estar satisfeito com aquilo que foi alcançado até que o Porto da Póvoa esteja completamente operacional”.

Esta visita serviu ainda para que Eurico Martins desse conta das condições de asseio e mobilidade no interior do Porto de Pesca que o Presidente da Câmara fez questão de anunciar: “está a ser feito um esforço no sentido de serem repostas as condições de mobilidade em cima dos cais. Estão a ser feitas obras na área da Docapesca para melhorar as condições de manuseamento e frio do pescado. Foi feito um ponto de situação de uma pretensão antiga dos pescadores: a construção dos armazéns de aprestos na zona mais a sul do Porto. Uma questão muito importante no sentido de libertar os cais que hoje têm grande parte dos aprestos porque há alguma dificuldade em armazenar as redes e material. Também foi pedido aos nossos deputados que, dentro da medida do possível, tentassem fazer um ponto de situação porque vem aí o próximo Quadro Comunitário de Apoio e não se pode perder esta oportunidade para continuar a garantir as condições de operação no Porto, a que não é alheia esta pretensão da construção dos armazéns de aprestos para os profissionais que operam no Porto da Póvoa de Varzim”.

Veja algumas imagens desta visita.