O escritor esteve ontem pela nona vez na
nossa cidade para a apresentação do seu mais recente livro de crónicas, “Aventuras
de um Nabogador & outras estórias-em-sanduíche”, na Biblioteca
Municipal. Onésimo não pode deixar de recordar o Auditório da Biblioteca como o
lugar “onde se deu a sessão de encerramento da primeira edição das Correntes
d’Escritas”, evento literário em que o escritor marca presença desde o início.

O Catedrático Arnaldo Saraiva apresentou a
obra do seu amigo como algo muito próprio que ele se atreveu a designar como um
típico estilo “onesimiano”. “Aventuras de um Nabogador & outras
estórias-em-sanduíche” é um conjunto de textos exemplares que falam de
encontros e desencontros culturais, sexuais, em viagem, com os outros e consigo
mesmo”. A referência a viagens é outro dos ingredientes que caracteriza esta
obra que nos oferece duas originalidades presentes no título, o neologismo Nabogador e a metáfora do pão “estórias-em-sanduíche”.

“Onésimo é um homem que se multiplica em
actividades, é professor de Filosofia, é escritor, colabora em jornais, é um
crítico da nossa realidade bem humorado, é um bom companheiro e o seu livro uma
excelente companhia”, continuou o professor numa profunda navegação pelas
diferentes tipologias textuais (relatos; memórias; anedotas; histórias) que se
entrecruzam no livro e poderiam designar-se como “Crónica de Onésimo”. O
escritor açoriano é “um homem em permanente efervescência; é sobretudo um homem
de duas margens, da Europa e da América, um homem de trânsito permanente que se
reparte por diferentes tipos de textos, textos que dão conta do comunicador
extraordinário que é”, acrescentou Arnaldo Saraiva.

A afabilidade e humor de Onésimo “ensanduicharam” o
público que manifestou um apetite incontrolável em deliciar-se com este novo
livro de crónicas, que resulta do “incontrolável prazer de as contar” do
escritor.