O estudo de As filigranas foi primeiramente
publicado em 1908, no tomo II, fascículo 4.º, da Revista Portugália, publicada a 17 de Setembro desse ano na cidade do
Porto, e, novamente, em 1967, nas Obras deste
autor. É, ainda hoje, de uma extraordinária mais-valia histórica e precisão de
descrição das técnicas em Gondomar e em Travassos. Daí a necessidade da sua
reedição e disponibilização a um público alargado, através de edição em livro
específico.

Ao longo de vários
capítulos, o autor guia-nos numa viagem pelas técnicas, artefactos, acessórios
(pedras e esmaltes), usos e costumes e conspecto social associados à filigrana,
não faltando ilustrações para, entre outras questões, clarificar vários
aspectos formais e decorativos das peças mencionadas no texto.

Através da abordagem
do tema sob uma perspectiva histórica, técnica e artística, não descurando o
respectivo enquadramento sociológico e conceptual, descobrimos uma técnica
milenar que, erroneamente, tantas vezes foi considerada como saída do génio
português.

Glossário
do uso do ouro no Norte de Portugal
pretende a conjugação de dois objectivos: uma visão científica desta
matéria e a sua divulgação junto do público, numa sensibilização para a
tradição do ouro, para os saberes antigos (associados às técnicas), em rápido
desaparecimento. Foram recolhidas e registadas distintas formas de uso do ouro,
desde Oliveira de Azeméis ao Rio Minho, as respectivas terminologias,
registando as distintas iconografias da utilização pelas populações de objectos
em metal precioso.