Os médicos Álvaro Beleza (sim) e José Macedo Vieira (talvez) e o juiz desembargador Pedro Vaz Patto (não) defenderam as suas posições.

A favor da eutanásia, Álvaro Beleza revelou que assinou o manifesto que defende a legalização desta prática. Considera que “este é um assunto delicado, sobre a vida e a morte e uma decisão que nos afeta a todos. Requer muita reflexão, racionalidade no debate e bom senso”.

No talvez, José Macedo Vieira sublinhou que “não existem verdades absolutas”, apontando a decisão de pôr termo à vida como “a mais importante” na vida de alguém, entendendo por isso que a questão é de âmbito jurídico, religioso e moral. “É um problema muito complexo, e no presente foi lançado na ordem do dia de forma leviana para os políticos discutirem no parlamento”.

Pedro Vaz Patto, juiz desembargador de 53 anos, apresentou argumentos contra a legalização da eutanásia: “estão em causa princípios fundamentais da nossa civilização e de ordem jurídica. O primeiro é a proibição de matar. Não podemos aqui ter ilusões nem usar eufemismos, falar em morte assistida não se trata de prestar assistência às pessoas que estão a pedir, trata-se de matar”.