No dia 19 de setembro, o Dr. Caetano Vasques Calafate será evocado, a propósito dos 50 anos da inauguração da estátua que lhe foi erigida em frente ao Porto de Pesca e à Capitania (1965- 2015).
Este ato público, será realizado junto à estátua, pelas 10h00 e terá as intervenções do Comandante Luís Adriano de Lemos Cesariny Calafate, neto de Vasques Calafate, e de José de Azevedo, que noticiou a inauguração do monumento, no Jornal de Notícias, em 1965, e que tem escrito sobre a vida e a obra deste ilustre poveiro.
Além da sessão evocativa, estará patente na Biblioteca Municipal, de 18 a 30 de setembro, uma Mostra Documental sobre a vida e obra do Dr. Caetano Vasques Calafate, com fotografias, bibliografia e ainda notícias da imprensa local.
O Dr. Caetano Vasques Calafate nasceu na Póvoa de Varzim, às 01.00 horas do dia 12 de Maio de 1890, na casa hoje n.º 7 do largo que actualmente tem o seu nome (na antiga Ribeira).
Licenciado com curso superior de Letras, de Lisboa, foi nomeado Professor Efectivo do Ensino Liceal em 1914, Professor Ordinário do Instituto Superior de Ciências, do Porto, em 1919, e Estatística em 1927; nomeado Professor Ordinário do Instituto Comercial do Porto, em 1933. Tivemo-lo como Professor de Francês, no Liceu Nacional de Eça de Queirós (Póvoa de Varzim), em 1925, no 2.º ano liceal, data da inauguração das instalações provisórias na Fabrica do Gás.
Escritor emérito e distinto, fecundo jornalista e fluente orador, deixou uma vasta obra escrita e dispersa por numerosos jornais (diários de Lisboa e do Porto e semanários locais) e revistas, salientando-se, em muitos dos seus escritos, o mais acrisolado bairrismo. Foi o pugnador número um pela construção do Porto de Pesca da Póvoa de Varzim, paixão que o dominou durante dezenas de anos e desde a sua juventude até à morte. Foi também o amigo número um dos nossos pescadores e a alma-mater da Casa dos Pescadores Poveiros, benemérita instituição que sonhou e depois construiu e à qual deu vida activa, graças à sua pertinácia, persistente tenacidade e férrea vontade de levar ao fim tão arrojado empreendimento, o que conseguiu com pleno êxito. (Jorge Barbosa – Toponímia da Póvoa de Varzim – Vol. IV, 1980, pp. 284-286)