O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, explicou que “todos temos de fazer ajustamentos. A capacidade dos municípios para angariar receitas, bem como de todos os portugueses, não são as mesmas de há cinco anos atrás. O orçamento desceu, nos últimos anos, de 70 milhões para os 42 milhões que temos hoje”.

O autarca esclareceu que “estamos a fazer um grande esforço para efetuarmos uma distribuição pelas pessoas, no sentido de não cobrarmos mais IMI, mais IRS, mais percentagem pela água. O orçamento é bastante equilibrado e pretende lançar as bases para um conjunto de investimentos para o próximo ano”, lembrando que “2015 será um ano chave, por força da abertura dos novos fundos comunitários. Portanto, juntaremos um conjunto de fundos à nossa própria capacidade de investimento para que possa acontecer uma melhoria significativa da oferta da nossa cidade e da qualidade de vida dos poveiros”. Aires Pereira sublinhou que “não se pode focalizar o investimento do município por aquilo que se vê na própria cidade. Há muito investimento a ser efetuado fora da cidade, naquela que é a realidade de todo o concelho”.

“Somos um município com as contas em dia, equilibrado e que não tem necessidade de recorrer ao Fundo de Apoio Municipal (FAM), bem pelo contrário, até vamos ajudar municípios que, esses sim, não souberam gerir os seus orçamentos”.

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À margem da ordem do dia da Assembleia Municipal, o Presidente da Câmara Municipal abordou um dos assuntos mais referidos pelos deputados: o centro de saúde de Amorim. “Vejo centros de saúde a encerrarem em todo o país. Enquanto puder, hei de opor-me ao seu encerramento, mas não compete à Câmara Municipal, e sim ao Ministério da Saúde e à Administração Regional de Saúde, essa decisão. Obviamente que gostaria que o centro de saúde continuasse a funcionar. Comparando aquilo que nos foi oferecido (o funcionamento em três meios dias durante a semana) e o encerramento total, penso que a solução encontrada foi boa. Propus à Administração Regional de Saúde que a Câmara Municipal custeasse dois médicos, mas a lei não permite aos municípios essa capacidade de intervir na área da saúde”.