O anúncio foi feito há momentos na Sessão Oficial de Abertura do 14º Correntes d’Escritas.

O Júri, constituído por Almeida Faria, Carlos Vaz Marques, Helena Vasconcelos, José Mário Silva e Patrícia Reis, escolheu A Terceira Miséria, de Hélia Correia, entre as oito obras finalistas (A Terceira Miséria, Hélia Correia, Relógio D’ Água; As Raízes Diferentes, Fernando Guimarães, Relógio d’Água; Caminharei Pelo Vale da Sombra, José Agostinho Baptista, Assírio & Alvim; Como se desenha uma casa, Manuel António Pina, Assírio & Alvim; De Amore, Armando Silva Carvalho, Assírio & Alvim; Em Alguma Parte Alguma, Ferreira Gullar, Ulisseia; Lendas da Índia, Luís Filipe Castro Mendes, Dom Quixote; Negócios em Ítaca, Bernardo Pinto de Almeida, Relógio D’Água).

Sinopse

O regresso de Hélia Correia à poesia é um regresso à memória e aos clássicos. É isso que explica o título deste longo poema dividido em 32 secções: «A terceira miséria é esta, a de hoje. / A de quem já não ouve nem pergunta. / A de quem não recorda».

Críticas de imprensa

«O regresso de Hélia Correia à poesia é um regresso à memória e aos clássicos. É isso que explica o título deste longo poema dividido em 32 secções: “A terceira miséria é esta, a de hoje. / A de quem já não ouve nem pergunta. / A de quem não recorda”. [A] paixão pela Grécia, desde há muito presente na obra de Hélia Correia, desagua agora neste livro de poesia, onde a Grécia clássica surge como farol e como impossibilidade: «Para onde olharemos? Para quem? / Certo é que Atenas se mantém oculta / E de algum modo intacta, por debaixo / Do alcatrão, do ferro retorcido. / Certo é que nunca ressuscitará / Visto que nada ressuscita.”». Carlos Vaz Marques, TSF

Hélia Correia

Escritora portuguesa contemporânea (1949), licenciou-se em Filologia Românica e é professora de Português do Ensino Secundário. Apesar do seu gosto pela poesia, é como ficcionista que é reconhecida como uma das revelações da novelística portuguesa da geração de 1980, embora os seus contos, novelas ou romances estejam sempre impregnados do discurso poético.

Estreou-se na poesia com O Separar das Águas, em 1981, e O Número dos Vivos, em 1982.

A novela Montedemo, encenada pelo grupo O Bando, dá à autora uma certa notoriedade. Aliás, Hélia Correia revelou, desde cedo, o gosto pelo teatro e pela Grécia clássica, o que a levou a representar em Édipo Rei e a escrever Perdição, levadas à cena, em 1993, pela Comuna. Escreveu também Florbela, em 1991, que viria a ser encenada pelo grupo Maizum.

Destacam-se ainda na sua produção os romances Casa Eterna e Soma e, na poesia, A Pequena Morte/Esse Eterno Conto.

Recebeu em 2002 o prémio PEN 2001, atribuído a obras de ficção, pela sua obra Lillias Fraser. (informação retirada de www.wook.pt)

Recentemente, foi galardoada com o Prémio Vergílio Ferreira 2013, instituído pela Universidade de Évora.

Na Sessão de Abertura do Encontro foram ainda anunciados os vencedores dos restantes Prémios Literários.

Inexistência Mental de Ana Matilde da Silva Gomes que concorreu com o pseudónimo de Victoria Montenegro foi o poema escolhido pelo Júri para atribuir o Prémio Literário Correntes d’Escritas Papelaria Locus, entre os 103 poemas a concurso. Luís Diamantino, Vereador do Pelouro da Cultura, Francisco Guedes e Manuela Ribeiro, membros da organização do Correntes d’Escritas, constituíram o júri do Prémio que, nesta edição, distingue trabalhos em poesia elaborados por jovens dos 15 aos 18 anos.

Escolas de Portugal, França, Angola e Moçambique concorreram ao Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d’Escritas Porto Editora. O Júri, formado por Evelina Oliveira, Gisela Silva e Maria da Conceição Vicente, decidiu premiar os seguintes trabalhos: Na escola aprendi “verês”, EB1 O Leão de Arroios, Lisboa (1º lugar); Peixes por um dia, Externato Champagnat, Lisboa (2º lugar); Do azar se fez sorte, EB1,2,3 Augusto Moreno, Bragança (3º lugar). Foram, ainda, atribuídas as seguintes menções honrosas: Lágrimas Musicais, EB1 Sininhos, Póvoa de Varzim; A menina dos olhos brilhantes, Colégio São Francisco de Assis – Luanda Sul, Angola; Soparino, o colega especial, EB1 de Alvaiázere, Alvaiázere, pelo texto; Laura reconquista a amizade!, Escola Portuguesa de Moçambique, Maputo; Um mundo melhor com pessoas maiores, Externato Champagnat, Lisboa, pela ilustração.

Finalmente, Maria da Conceição Nogueira, José Maria Ventura e José Carlos Vasconcelos escolheram Póvoa de Varzim ou o Paraíso Aqui, da autoria de Paulo Jorge Coelho Carreira, que concorreu com o pseudónimo Peixe Voador, como a obra vencedora do Prémio Literário Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d’Escritas.

Siga todo o evento no portal municipal, onde também pode consultar as atas dos concursos literários.