A vencedora do Prémio Correntes d’Escritas Casino da Póvoa em 2007 com “A Génese do Amor” recordou aos mais pequenos os seus mais recentes livros infantis, como “Gaspar um dedo diferente”, ou “A História da Aranha Leopoldina” ou ainda “Como Tu”, estes dois últimos editados com um CD de canções sobre as respetivas histórias.

Depois a escritora foi dialogando as crianças e respondendo às suas perguntas, satisfazendo a curiosidade de alguns sobre quantos livros já tinha escrito, em que se inspirava ou quando começou a escrever…

Ana Luísa Amaral explicou que o nascimento da sua filha Rita foi muito importante para a impulsionar para a escrita, podendo afirmar-se que a Rita foi a sua inspiração para muitos livros escritos para as crianças, pois todos os dias, ao deitar, contava uma história à filha. Assim, surgiram os livros infantis para partilhar essas histórias com todos os outros meninos e meninas…

A autora recordou ainda que escreve desde que se conhece, “desde que comecei a saber juntar uma palavra a seguir à outra, comecei a escrever poemas ou histórias”. O gosto pela escrita começou um pouco devido ao gosto pela musicalidade das palavras, justificando-se por isso ter dado a escutar às crianças algumas das canções dos CD’s que acompanham as suas histórias. Veja a fotogaleria.

Ainda esta tarde, pelas 18h30, o Correntes d’Escritas estende-se até Lisboa. No Instituto Cervantes, serão apresentados os livros “Hereges” de Leonardo Padura e “Má Luz” de Carlos Cascán. Às 19h00, terá início a Mesa 8 sobre “A inteligência é a alma dos livros” com os seguintes escritores: Bruno Vieira Amaral, Carlos Cascán, Clara Usón, Fausta Cardoso Pereira e Leonardo Padura. A moderar o debate estará Javier Rioyo.

Ana Luísa Amaral:

Nasceu em Lisboa, em 1956, e vive, desde os nove anos, em Leça da Palmeira. É Professora Associada na Faculdade de Letras do Porto. Tem um doutoramento sobre a poesia de Emily Dickinson. As suas áreas de investigação são Poéticas Comparadas, Estudos Feministas e Teoria Queer. É autora, com Ana Gabriela Macedo, do “Dicionário de Crítica Feminista” (Afrontamento, 2005) e coordenou a edição anotada de “Novas Cartas Portuguesas” (Dom Quixote, 2010).

Os seus livros de poesia estão editados em vários países como França, Brasil, Suécia, Holanda, Venezuela, Itália, Colômbia e brevemente no México e na Alemanha. Os seus livros infantis estão editados em França e na Colômbia.

Em torno dos seus livros de poesia e infantis foram levados à cena espetáculos de teatro e leituras encenadas (como “O olhar diagonal das coisas”, “A história da Aranha Leopoldina”, “Próspero morreu” ou “Amor aos Pedaços”). 

Em 2007 ganhou o Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d’Escritas, com o livro “A Génese do Amor”, também selecionado para o Prémio Portugal Telecom. No mesmo ano, foi galardoada em Itália com o Prémio de Poesia Giuseppe Acerbi. O seu livro “Entre Dois Rios e Outras Noites” obteve, em 2008, o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores e, em 2012, o seu livro “Vozes” obteve o Prémio de Poesia António Gedeão.