A apresentação da obra será feita por Conceição Lima e a sessão contará ainda com a atuação de Francisco Carvalho (cantor e músico).

“Fazendo jus ao título, Maria Antónia de Carvalho Mendes Ribeiro revela, nesta obra, um grande caudal de desassossego, ainda que saiba muito bem onde se situa o saldo da sua vida. Um desassossego que vem de cantos vários; desde logo da ausência (e dos ausentes), que só a memória e a palavra do verso recuperam da penumbra; também o desassossego causado pela vertigem do questionamento sobre o que foi o caminho e o que poderia ter sido, ainda o desassossego por causa do presente, de alguém cuja deambulação poética não lhe tapa os olhos perante a espuma dos dias. Mas há mais, para lá do desassossego – há o sempiterno fascínio pelas coisas simples e belas, a esperança imorredoura na benfazeja aragem da vida, o amor à cidade das neblinas e das pontes, onde os “bês” e os “vês” mudam de sexo a toda a hora, na boca das gentes. Tudo num verso curto, contido, ora florindo em rima ora ficando verso branco, porque a fluidez da palavra, como a da água límpida, é a praia da poetisa”.

 

Maria Antónia de Carvalho Mendes Ribeiro. É natural da cidade do Porto. Licenciada em Biologia pela Universidade de Coimbra.

Membro da Associação Portuguesa de Escritores (APE) desde 2001.

Sócia Fundadora da AICEM (Associação do Idioma e Culturas em Português).

Publicou as obras poéticas: “Sentir” (2oo2), “Inquietudes” (2oo7), “Emoções” (2011) e “Desassossegos” (2015). Faz parte de 16 Antologias.

Tem colaborado em Jornais e Revistas e participado regularmente em Saraus Poéticos.

Dedica-se também à Fotografia e Pintura, tendo realizado exposições individuais e coletivas, em diversos espaços: no Porto, Braga e Póvoa de Varzim.